Seguindo o cronograma de entrevistas com pré-candidatos para à Prefeitura de Dois Vizinhos, a Educadora de Dois Vizinhos ouviu, na quinta-feira, 5, Lauro Giacomini (PV). Na última eleição, o partido foi a novidade no pleito eleitoral com Marcelo Montagner que fez 5.162 votos, disputando contra a polarização recente do MDB x PSDB: desde 2004 o município não tinha três opções para o Executivo nas urnas. A coligação contou com cinco partidos: PV, PDT, Rede, PHS e PTB.

“O PV e os partidos que foram juntos na última eleição engrandeceram o debate. Nós qualificamos o debate na última eleição municipal. Aquela disputa polarizada de dois grupos, do bem e o mal, esse presta, aquele não presta fez com que a nossa entrada nesse processo eleitoral ajudasse no amadurecimento. Discutimos ideias e não pessoas, projetos e não aquilo que se deixou de fazer no decorrer de toda a história de Dois Vizinhos. Foi uma entrada um tanto quanto difícil porque tínhamos dois paradigmas muito fortes a serem quebrados e nós conseguimos ultrapassar essas barreiras: a primeira era que íamos ser fogo de palha e na hora final, como dizem os políticos de plantão, íamos nos vender, negociar secretarias e compor com um dos grupos que são gigantes e tradicionais na nossa cidade; e o segundo foi aquele de que nosso grupo entraria para fazer 300, 400 votos”, disse Lauro Giacomini, que é pré-candidato pelo PV.


Marcelo Montagner já anunciou que não será candidato em 2020 e Lauro garante que o grupo está aberto para definir quem disputa o Executivo. “Da eleição para cá, viemos construindo o grupo, amadurecendo, trazendo pessoas novas, não fechando portas para ninguém. Tá, mas e quem vai ser o candidato? Hoje meu nome está como pré-candidato porque precisamos ter alguém. É importante que temos um grupo de pessoas unidas e não um nome que, em cima dele, iremos construir um grupo. Vamos chegar num denominador comum para termos um candidato forte. As pessoas, cada vez mais, buscam essa mudança”, completou Lauro.

Para ele, Dois Vizinhos precisa deixar de ser sombra dos municípios maiores da região. “Primeiro, precisamos fazer o trabalho de casa bem feito, levantar a autoestima da população duovizinhense, porque hoje olhamos para Pato Branco e Francisco Beltrão e outras cidades com aquela síndrome do vira-lata, imaginando que tudo lá dá certo e aqui tudo errado. É preciso dizer que sim, se pode. Na história recente, parece que tem algo travando nossa cidade que seria importante que explicassem-nos. É importante que a gente saiba dizer onde estão esses entraves. Eu já vi legislações aqui, que eu participei, fui vereador na legislação do Zezinho Ramuski (PSDB), onde o governo era alinhado e, mesmo assim,as grandes obras iam para Beltrão e Pato Branco. É importante estar junto? Sim, mas é importante que levantemos a autoestima e saibamos onde queremos chegar. O que precisamos do Governo do Estado? O que queremos? Quais são as prioridades, onde queremos chegar? Ter isso bem claro, porque toda semana viajar para Curitiba e pedir pouca coisa é difícil. Quais são as nossas prioridades e trabalhar o futuro em cima disso, das prioridades”, completa.

Fonte: Alexandre Baggio/ Jornal de Beltrão

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