O Paraná, maior produtor de milho do Brasil e segundo no ranking de produção da soja do país, já registra perdas no potencial produtivo das lavouras em função da seca, avaliou ontem a Ocepar, a entidade que representa as cooperativas do Estado.

As áreas do Paraná que mais carecem de chuva, que incluem o oeste, norte, noroeste e uma parte do sudoeste, cultivam cerca de dois terços da safra de soja do Estado e 40% do milho, segundo avaliação da Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná).

"A gente estima que 30% dos dois terços estão na fase mais suscetível a perdas (em floração e formação de grãos)...", disse o gerente técnico e econômico da Ocepar, Flávio Turra.

Cerca de 70% das áreas que mais sofrem com a seca estão em desenvolvimento vegetativo, e os impactos da falta de chuva sobre essas lavouras é menor, acrescentou ele.

Segundo Turra ainda é difícil quantificar exatamente o tamanho da perda.

Antes mesmo dos efeitos da seca, o governo do Estado já previa que o Paraná poderia colher cerca de 14 milhões de toneladas de soja na temporada 2011/12, abaixo do recorde de 15,3 milhões de toneladas da safra anterior, quando a produtividade foi recorde.

A Secretaria da Agricultura já considerou em sua previsão os efeitos do fenômeno climático La Niña, que tende trazer menos chuvas para o Sul do país.

No caso do milho primeira safra, a produção foi estimada antes da seca em 7,4 milhões de toneladas, contra 6,1 milhões de toneladas em 2010/11, em função de um aumento de cerca de 20% na área plantada.

O governo deve atualizar sua previsão em janeiro. A previsão climática indica que as chuvas voltam de forma generalizada para o oeste do Paraná nos próximos dias

O mercado de Chicago, referência internacional para grãos, tem reagido nos últimos dias às previsões meteorológicas, que não apontam grandes volumes de chuva para o Sul do país.

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