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  • 18 Ago 2011

  • ?Foi tudo feito sob a égide da lei?, disse o deputado Ademar Traiano

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O governo Beto Richa jogou nas costas da gestão anterior a responsabilidade por várias compras com dispensa de licitação realizadas neste ano. Ontem, o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSDB), apresentou um relatório justificando cada um dos contratos questionados pelo deputado Tadeu Veneri (PT). O petista alega que a aquisição em regime de urgência e sem que haja disputa entre os fornecedores virou uma prática rotineira no governo. Os 46 contratos assinados sem licitação neste ano totalizam R$ 76,9 milhões. “Foi tudo feito sob a égide da lei”, assegurou Traiano. O líder do governo argumentou que a compra de medicamentos e a realização de obras no litoral, devastado por chuvas em março, não poderiam esperar pela burocracia. “Seria um risco de sacrifícios”, disse. Duas das licitações questionadas por Veneri teriam sido feitas na gestão anterior e agora apenas renovadas.Sobre a responsabilidade da gestão anterior pelas compras com dispensa de licitação, o secretário-chefe da Casa Civil, Durval Amaral, afirmou que não seria possível generalizar, mas definiu que muitos casos não foram previstos pelo governo passado. “Como o fornecimento de comida para a Casa Militar, que venceu no dia 2 de janeiro e não havia possibilidade jurídica de renovação do contrato”. Para Amaral, o raciocínio de Veneri não alcança a grandeza da administração pública, que promove centenas de contratos. Segundo ele, o porcentual de compras com dispensa de licitação é muito pequeno frente os R$ 5 bilhões gastos em produtos e serviços pelo governo em 2010.

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