O setor público consolidado registrou em agosto déficit nominal de R$ 17,101 bilhões, segundo dados divulgados hoje pelo Banco Central (BC). O resultado é mais de três vezes o observado em julho, quando o saldo negativo das contas públicas ficou em R$ 5,007 bilhões, e também foi maior que o visto em agosto de 2010, quando o déficit nominal somou R$ 10,699 bilhões.Segundo o BC, a maior parte do déficit do mês passado foi gerado pelo governo central (Tesouro, Previdência Social e Banco Central), que terminou o período com nominal negativo em R$ 17,213 bilhões. Empresas estatais contribuíram com déficit de R$ 455 milhões. Esse desempenho negativo foi parcialmente compensado pelos governos regionais, que registraram superávit nominal de R$ 566 milhões.No acumulado do ano até agosto, o setor público consolidado registra déficit nominal de R$ 63,667 bilhões. O valor equivale a 2,41% do Produto Interno Bruto (PIB) e sinaliza melhora na comparação com igual período de 2010, quando o déficit nominal correspondia a 3,22% do PIB. No acumulado de 12 meses até agosto, o setor público consolidado registra déficit nominal de R$ 81,076 bilhões, o correspondente a 2,05% do PIB.O setor público consolidado terminou o mês de agosto com despesa de R$ 21,663 bilhões para o pagamento de juros. O dado divulgado pelo Banco Central revela aumento em relação a julho, quando o montante ficou em R$ 18,797 bilhões, e também foi maior que o visto em agosto de 2010, quando a despesa alcançou R$ 15,893 bilhões.Segundo o BC, a maior contribuição no gasto com juro, no mês passado, foi do governo central, responsável pelo pagamento de R$ 19,244 bilhões. A conta dos governos regionais ficou em R$ 2,130 bilhões e as estatais desembolsaram R$ 288 milhões.No acumulado em 2011 até agosto, a conta com juros paga pelo setor público brasileiro alcança R$ 160,207 bilhões, o equivalente a 6,05% do Produto Interno Bruto. O indicador revela aumento dessa despesa, já que em igual período de 2010, o pagamento do serviço da dívida somou valor correspondente a 5,28% do PIB. No acumulado em 12 meses, até agosto, o pagamento de juros alcança R$ 230,531 bilhões, ou 5,83% do PIB.

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