Em março de 2003, a Volkswagen apresentava o primeiro veículo de produção em série com sistema bicombustível. Na época, a novidade dividiu opiniões em função da sua eficácia, economia e manutenção. Em questão de meses, no entanto, a possibilidade de escolha de combustível passou a ser uma realidade no mercado nacional e se estendeu a todas as outras montadoras nacionais: Chevrolet, Fiat, Ford, Toyota, Honda, Nissan, Mitsubishi, Citroën, Peugeot e Renault.

Atualmente, a situação é praticamente irreversível; aproximadamente 90% dos carros novos licenciados no País possuem o sistema que permite o abastecimento de álcool ou gasolina, em qualquer proporção. Ou seja, se você nunca teve, é bem provável que ainda vá ter um carro flexível em sua garagem. E essa vantagem não se estende só a automóveis de passeio; veículos maiores, como picapes, monovolumes e SUV´s já oferecem blocos flexíveis.

A maior vantagem, com certeza, está na economia no bolso do consumidor que trafega em regiões onde o álcool vale até 70% do preço da gasolina. Desvantagens também existem. Em alguns modelos, por exemplo, ainda existe a dificuldade em fazer o motor entrar em funcionamento quando a temperatura está baixa, mesmo com o tanque de partida a frio, quando abastecido com álcool. Todos os carros bicombustíveis, com exceção da versão E-Flex do VW Polo, utilizam o "tanquinho". O compartimento é usado para armazenar gasolina utilizada durante a partida do motor em temperaturas inferiores a 17ºC, em média.

Mesmo seis anos após a apresentação da tecnologia, o sistema flex ainda provoca dúvidas nos usuários, principalmente no que diz respeito à manutenção do motor e da economia de combustível em relação à utilização do álcool. De qualquer forma, a tecnologia está consolidada no País, é exportada para a Europa e já foi estendida, inclusive, ao segmento das duas rodas.  

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