Em carta enviada à imprensa, brasileiro se diz arrependido

Após escândalo, piloto espera por novas oportunidades (Crédito: Efe)

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Após o julgamento da corte extraordinária da Federação Internacional de Automobilismo(FIA), o piloto brasileiro Nelsinho Piquet disse em carta enviada à imprensa que viveu um pesadelo em sua antiga equipe e admite que pretende começar do zero.

- Estou aliviado que a investigação da FIA tenha sido concluída. A coisa mais positiva de ter chamado atenção para isto é que coisas como essas nunca mais acontecerão - disse.

O brasileiro disse estar muito arrependido de sua atitude e pensa todos os dias que não deveria ter executado a ordem de bater de forma proposital, a mando de seu ex-chefe, Flavio Briatore, para beneficiar o espanhol Fernando Alonso, no GP de Cingapura do ano passado.

- Não sei o quanto minha explicação fará as pessoas entenderem que ser um piloto é um privilégio, e foi para mim. Só o que posso dizer é que minha situação na Renault virou um pesadelo. De repente me vi a mercê de Briatore. Seu caráter real, que antes era conhecido por poucas pessoas, agora veio à tona. Ele foi meu agente e chefe da equipe, tinha meu futuro em suas mãos, mas não cuidou dele - disse o brasileiro.

Nelsinho também falou de como foi o comportamento de Briatore com ele após a farsa.

- Após o episódio de Cingapura ele me isolou e me jogou ao ponto mais baixo que já atingi na vida. Agora que estou fora de tudo isso não posso acreditar que contribuí com seus planos, mas quando me foi oferecido pensei que não deveria rejeitar. Ouvindo agora as reações de Briatore à batida e os comentários que ele fez nas últimas duas semanas é claro para mim que fui simplesmente usado por ele - disse o brasileiro, referindo-se às afirmações do italiano de que ele teria um caso homossexual com um homem mais velho.

Nelsinho disse que pretende começar sua carreira do zero, em busca de novas oportunidades.

- Tive de aprender lições difíceis nos últimos 12 meses e considero que foi valioso para minha vida. Tenho consciência de que terei que começar minha carreira do zero, mas tenho esperanças de que uma equipe reconheça o quanto fui pressionado na Renault e me dê uma chance. O que pode ser assegurado é que não existe outro piloto na F-1 tão determinado quanto eu a provar que sou capaz - disse.

No final de sua carta o piloto pede desculpas novamente a todos que fazem parte da categoria.

- Como minhas palavras finais, gostaria de repetir que sinto muito por todos que trabalham na F-1, os fãs e os dirigentes. Não espero que isso seja esquecido, mas ao menos que as pessoas tirem conclusões baseadas no que realmente aconteceu - disse Nelsinho em sua carta enviada à imprensa após a corte extraordinária da FIA.

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