Um simples post no site de rede social Facebook e a aparente tranquilidade da edição 2011 do Exa­me Nacional do Ensino Médio (Enem) foi ontem por água abaixo. Um estudante do Ceará publicou no seu perfil fotos de questões de um simulado promovido pelo seu colégio, o Christus de Fortaleza, onde apareciam perguntas idênticas às que caíram no Enem. A informação provocou uma reação em cadeia no próprio Facebook e em outras redes sociais, como o Twitter, até chegar às autoridades e terminar no cancelamento das provas dos 629 alunos da instituição.

O primeiro a reagir oficialmente foi o procurador Oscar Costa Filho, do Ministério Público Federal do Ceará. Na manhã de ontem ele disse que solicitaria a anulação do Enem em todo o Brasil. Depois, foi a vez do Ministério da Educação (MEC). No início da tarde, o MEC negou a possibilidade de vazamento de informações na aplicação do Enem e acionou a Polícia Federal para esclarecer como os alunos tiveram acesso às questões.

Na noite de terça-feira, o ministério confirmou o cancelamento das provas dos 629 alunos do Colégio Christus por “quebra de isonomia”, já que os alunos cearenses tiveram acesso a informações privilegiadas. O governo afirmou que um simulado feito pelo colégio, duas semanas antes do Enem, continha nove questões idênticas às do exame. De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), os culpados pelo incidente serão processados civil e criminalmente. O Inep garantiu ainda que os alunos poderão refazer as provas nos próximos dias 28 e 29 de novembro.

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