Do R7 Foto por Gazeta Press Na avenida Paulista, somente os faróis de carros forneciam luz durante o blecaute de terça à noite
O Ministério Público Federal abriu nesta quarta-feira (11) um procedimento para apurar as causas e os responsáveis pelo apagão da última terça-feira, que deixou 18 Estados brasileiros sem luz.

Por meio do Grupo de Trabalho, Energia e Combustíveis da 3ª Câmara de Coordenação e Revisão, a Procuradoria pedirá explicações à Secretaria Executiva do Ministério de Minas e Energia, à Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), ao ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) e ao diretor jurídico da usina de Itaipu.

Os órgãos têm 72 horas para encaminhar toda a documentação produzida e recebida sobre a megapane que deixou sem luz os principais centros urbanos do Brasil ao procurador da República em Goiás Marcelo Ribeiro de Oliveira, coordenador do grupo de trabalho.

A Procuradoria está especialmente interessada nas comunicações entre os agentes do setor elétrico (geradores, transmissores e distribuidores), mas pede também atas de reuniões, notas técnicas e laudos produzidos desde que o apagão aconteceu.

 

O Ministério Público quer, ainda, que as autoridades se manifestem sobre o caso em 15 dias, indicando responsáveis e informações sobre se a pane não poderia ter sido evitada e se, a partir de agora, há medidas possíveis para evitar um novo blecaute.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quarta-feira que o problema que causou o blecaute foram descargas atmosféricas, ventos e chuvas fortes na região de Itaberá, no sul de São Paulo. De acordo com o ministro, as descargas causaram curto circuito e desligaram linhas de transmissão para que não houvesse acidente ainda maior.

Segundo a Procuradoria, o objetivo da investigação é fornecer subsídios para o trabalho dos procuradores da República nos vários Estados brasileiros.

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