Desde o começo de 2017, o prefeito Raul Isotton (PMDB), assumiu o comando do Consórcio Intermunicipal da Rede de Urgências do Sudoeste do Paraná (Ciruspar), que regula o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu 192) na região.  A situação nunca foi tranquila, mas o administrador vislumbra uma 'luz no fim do túnel'. "Nós estamos atendendo a população, mas já vínhamos de problemas há um bom tempo. Quando assumimos, encontramos muita inadimplência, atrasos de parcelas da contribuição mensal. Isso é uma questão interna, que vamos resolver na próxima assembleia, que deve acontecer no dia 3 de março, pior das hipóteses, no dia 9 ou 10 de março onde temos que discutir também a questão de aumento de salários, em virtude da data base dos servidores", disse Isotton, em entrevista para a Rádio Educadora AM. 
Atualmente, o Ciruspar tem 300 servidores que atendem os 42 municípios da região. A crise e a queda dos repasses pelas prefeituras atrapalham a prestação dos serviços. "Essa falta de recursos faz com que os municípios acabem atrasando os repasses. Graças a Deus, o Samu está prestando o atendimento ao usuário, mas teremos que ter um aumento nos repasses. Como presidente, hoje, estamos reivindicando cerca de 15% de aumento na receita do Samu, que seria nossa contrapartida. Como prefeito de Dois Vizinhos, eu acho que esse aumento não dá, não tem condições. Então você vê, eu estou num consórcio, como presidente, tenho que aumentar as receitas e no município preciso diminuir os pagamentos. Fico num fogo cruzado, mas para dar o atendimento que o povo merece e precisa, temos que fazer com que o Samu funcione", explica. 
Ele tem esperança da situação melhorar em 2018. "Fizemos um chamado recentemente para todos os prefeitos e, graças a Deus, estamos tendo o retorno. No início do ano, temos muitas receitas, como IPVA, IPTU e os municípios estão começando a colocar em dia as suas contas com o consórcio. No final do ano, tivemos problemas com o pagamento do 13º salário e férias porque diminuiu a arrecadação", lamentou.

Muitos trotes
Desde sua fundação, os trotes são problemas para o Samu 192. "O que nos deixa mais tristes é que ainda 14% das ligações que recebemos são trotes. Às vezes, a ambulância, o serviço está indo atender alguém e ao chegar percebe que é trote. Esperamos, realmente, que essas pessoas que passam o trote nunca precisem do serviço do Samu e, se precisar, tomara que o serviço não esteja atendendo um trote. Isso é questão de educação, consciência e que gera custos. Essa é a nossa indignação", reclama. 
Com consciência, o serviço funciona melhor e também tem menos custos. "Chamem o Samu que ele sempre vai estar presente, mas lembrando que às vezes eles tem dificuldade porque, em Dois Vizinhos, por exemplo, temos uma ambulância e atendemos também Boa Esperança, Cruzeiro, Nova Prata e Salto do Lontra, as transferências entre hospitais. As pessoas precisam ter consciência". 

Recurso no STF

Mesmo com as dificuldades, o Ciruspar está com os pagamentos dos colaboradores em dia e pleiteia, junto ao Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), o não pagamento do INSS patronal. "Essa questão está em discussão no STF e, ganhando essa ação, conseguimos oferecer um trabalho de melhor qualidade", conclui.

Fonte: Alexandre Baggio/ Jornal de Beltrão

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