A organização da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) premiou os alunos medalhistas de 2017 pertencentes a escolas dos Núcleos Regionais de Educação de Dois Vizinhos, Francisco Beltrão e Laranjeiras do Sul em solenidade na tarde de quarta-feira, em Dois Vizinhos.
Ao todo, foram entregues 21 medalhas de bronze, cinco de prata e dois de ouro para alunos, além de homenagens a professores e escolas das três regionais. “Não conseguimos fazer a cerimônia em todos os núcleos, mas ficamos muito felizes de poder encontrar diversos rostos conhecidos nessa premiação. Muitos especialistas são contra a competições, contra o fato de premiar somente os melhores, mas nosso objetivo é fazer crescer o gosto pela matemática, tornando cada premiado como um porta-voz da nossa olimpíada. Os alunos da região sempre tem bom desempenho, tivemos quatro medalhistas de ouro no Paraná sendo dois aqui da região”, disse a professora Fabiana Magda Garcia Papani, da Unioeste de Cascavel, que coordena a Obmep na região.
Ela destacou alguns benefícios que os alunos medalhistas da Obmep tem. “Quando chegam na faculdade, todos tem direito a bolsas sem quaisquer competições. Isso também é estendido para o mestrado”, relatou. Ela pediu o apoio dos professores e diretores para a expansão do projeto. “No passado foi mais árduo conseguir a participação das escolas. Hoje, a Obmep está bem consolidada. Poucos colégios aqui na região ainda não aderiram, somente em Salgado Filho não temos escolas participantes”, completou.
Ela falou sobre como é feita a avaliação. “É uma prova que se realiza em duas fases. Ela enfatizaa resolução de problemas de matemática e privilegia o raciocínio lógico dos alunos. Na primeira fase, todos os alunos das escolas inscritas participam, sendo que 5% são selecionados para a fase dois, que premia com ouro, prata e bronze, menção honrosa, além dos professores e escolas que premia com base no desempenho dos alunos”.
Valmir Luiz Galvan representou o chefe do NRE de Dois Vizinhos, que está em licença, e falou sobre a boa participação dos alunos. “Estamos bem satisfeitos. A cada ano temos mais alunos premiados na Obmep. Conquistamos duas pratas e cinco bronzes, estamos evoluindo no quadro de medalhas. A gente fez uma campanha para as escolas participar, competir, o trabalho segue forte com uma adesão de quase 100% das escolas. Dos três núcleos, foram duas medalhas de ouro para Francisco Beltrão. Nós temos alunos que já ganharam cinco medalhas na carreira, mas agora estamos esperando um ouro para a nossa regional”, relata.
Bertani, também comemorou as medalhas recebidas. “Nos sentimos lisonjeados. É gratificante, como profissional de educação, termos resultados positivos, que vem através de uma parceria entre escola, família e sociedade. Temos que parabenizar as escolas, os familiares, os gestores e os medalhistas, porque recebemos esses prêmios com muito orgulho. A gente sempre prioriza a melhoria do ensino, não só da matemática, mas esperamos, na próxima avaliação, mais medalhas”, estima.
O jovem Felix Pinheiro Lee, da Escola Municipal Dom Carlos Eduardo, de Realeza, foi um dos medalhistas de ouro. Ele falou sobre seu histórico na Obmep. “Eu comecei no sexto ano porque já tinha facilidade com matemática. Fiz a prova e consegui uma medalha de prata. Gostei bastante e segui participando. Na última edição, consegui essa de ouro e sigo estudando para as próximas edições”, disse. Além dele, a jovem Sofia Belini Dip, do Colégio Águia, de Francisco Beltrão, também recebeu a medalha de ouro, mas não pode participar do evento e foi representada pela coordenadora da instituição de ensino Elaine Lima.
Fonte: Alexandre Baggio/ Jornal de Beltrão
