Um levantamento da Copel, com dados até o dia 4 de julho, mostrou que somente na região Sudoeste foram 223 postes quebrados no temporal que atingiu a região no dia 30 de junho. O total de chamados de atendimentos, do dia do temporal até 4 de julho chegou a 405 chamadas. Entre terça-feira, 7, e quarta, 8, também choveu e ventou, o que gerou desabastecimento em algumas comunidades do interior e geraram cerca de 40 chamadas.

José Rafagnin, que responde pelo escritório da Copel, destacou a quantidade de trabalho realizado em virtude do ciclone. “Foi um caso atípico, uma coisa nunca vista na região. Nunca havia sido gerado tamanho volume de serviços. Conseguimos resolver os problemas quase na sua totalidade, mas ainda com algumas situações em Palmas, com equipes atuando lá e em Coronel Domingos Soares, além de casos no Centro Sul. O volume de trabalho assustou. Foram 223 postes quebrados. Em alguns deles, a gente conseguiu colocar uma muleta, fazer uma ancoragem para não substituir, mas trocamos, até o dia 4, mais de 200 postes. Para atender esse volume de serviço, buscamos todas as empresas parceiras da Copel que têm contrato de serviço com a Copel para a construção de rede. Se fosse só com o ativo da Copel, não daríamos conta disso tudo”, avaliou.

Rafagnin explica que os trabalhadores da Copel não são máquinas, por isso, algumas regiões chegaram a ficar 48 horas sem energia. “Foi delicado, o risco de acidente é alto. Felizmente, não tivemos nenhum acidente com funcionários e consumidores, mas em regiões próximas, soubemos que aconteceram diversos acidentes. E vale lembrar que qualquer acidente gera alto risco de morte, e precisamos entender que quem está trabalhando são seres humanos, com um esgotamento físico fora do normal, e isso acaba prejudicando a condição mental. Eles precisam descansar, pela lei, e também pela questão de sobrevivência e pensar no ser humano”, completou.

A população, em sua grande maioria, entendeu as dificuldades geradas pelo temporal atípico. José destacou que uma dificuldade foi estar com os escritórios fechados para atendimento presencial. “Isso prejudicou o contato. As pessoas procuravam, de uma forma ou de outra, o contato com eletricistas, área de atendimento interna, e muitos dos colaboradores não estão aptos a dar o atendimento necessário. Os canais de comunicação são o telefone, o site e o aplicativo do celular que podem gerar serviços. Esperamos que logo a situação normalize e as portas se abram, porque isso facilita o contato com o consumidor”, concluiu José.

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