Nesta segunda-feira, 15, professores e servidores públicos entram em greve nacional nas universidades federais, institutos federais e centros federais de educação tecnológica. Entre as demandas das instituições, estão a melhoria das condições de trabalho, alteração no registro de ponto eletrônico e revogação de portaria que trata da regulamentação das atividades docentes da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.

POLEMICA EM DOIS VIZINHOS

Entre os professores e servidores de instituições que fazem parte da mobilização estão os da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), cuja adesão à greve ocorreu em assembleia realizada em Curitiba no dia 9 de abril. A UTFPR possui 13 campi, entre eles, o de Dois Vizinhos.

Na última semana, alunos da UTFPR de Dois Vizinhos contrários à greve, estenderam uma faixa, que foi vandalizada, o que fez com que o diretor da instituição, professor Everton Lozano, publicasse uma nota. Confira:

“Prezada comunidade, a respeito dos fatos que aconteceram no campus Dois Vizinhos envolvendo a alocação de uma faixa com manifestação contrária à greve a posterior depredação desta, esclarecemos:

- A greve é legítima e assegurada por lei e as pautas reivindicadas são justas. O movimento é nacional e os 13 campi da UTFPR aderiram à greve.

- Cada servidor tem a liberdade de escolher pela adesão ou não a greve e a comunidade acadêmica deve respeitar as decisões.

- Qualquer posicionamento a favor ou contrário à greve pode ser manifestado e deve ser respeitado por todos. As manifestações, no entanto, devem respeitar os demais envolvidos e as decisões colegiadas.

- O campus Dois Vizinhos repudia atos de vandalismo e a medidas administrativas cabíveis sempre serão tomadas, respeitando-se os procedimentos institucionais.

A universidade pública deve ser a guardiã da democracia, onde a liberdade de expressão e o debate aberto são incentivados e protegidos. É crucial reafirmarmos nosso compromisso com o respeito mútuo, mesmo diante de opiniões divergentes. Portanto, convido a todos a continuarmos cultivando um ambiente inclusivo, onde cada voz seja ouvida e respeitada.

Juntos, podemos fortalecer nossa comunidade universitária e contribuir para um mundo mais justo e compassivo.”, diz a nota.

PRIMEIRA MESA SETORIAL

Na última quinta-feira, 11, ocorreu no Ministério da Educação a primeira reunião da Mesa Setorial Permanente de Negociação, com a participação de representantes sindicais dos docentes das Universidades Federais, dos técnicos administrativos do ensino superior e dos servidores federais da educação básica. Este encontro marcou o início das negociações conjuntas entre o governo federal e os trabalhadores do ensino federal. Segundo comunicado da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (Sindutf-PR), a equipe econômica demonstrou indiferença à pressão e manteve o reajuste zero para 2024. O governo propôs soluções que incluíam o aumento de benefícios, como o Auxílio-alimentação, que passaria de R$ 658 para R$ 1000; a Assistência Pré-escolar, de R$ 321 para R$ 484,90; e o valor per capita da Saúde Suplementar, reajustado em 51%. No entanto, os sindicalistas consideraram essas medidas insuficientes. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) compartilhou da mesma opinião, afirmando que a reunião foi meramente protocolar e que o MEC não apresentou propostas que atendessem às reivindicações. Mesmo assim, segundo o sindicato, a reunião serviu para reafirmar as pautas e reivindicações da categoria.

Fonte: Portal Educadora com informações de Agência Brasil e Diário do Sudoeste

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