Sexta-feira, dia 17, o Núcleo de Ensino e Pesquisa em Ruminantes da UTFPR de Dois Vizinhos está organizando o 2º Simpósio de Bovinocultura de Corte no Sudoeste do Paraná e o 4º Dia de Campo em Bovinocultura de Corte. 
Serão três palestras e quatro estações de pesquisa que vão apresentar seus resultados durante o evento. “Todos os técnicos, produtores, simpatizantes e curiosos da bovinocultura de corte podem visitar a universidade e passar o dia conosco para ouvir um pouco sobre algumas técnicas importantes na bovinocultura de corte. As palestras serão sobre a integração lavoura e pecuária, outra sobre gestão da propriedade e a terceira sobre a escolha de um bom reprodutor. São três assuntos bastante interessantes para discutirmos e debatermos”, disse Luis Fernando Glasenapp de Menezes, professor da UTFPR e um dos coordenadores do evento, em entrevista à Rádio Educadora AM. 
Ele destaca que as técnicas estão disponíveis há muitos anos, o que muda são algumas situações e escolhas dos produtores. “Eu sempre uso o fato de fazer um bolo como exemplo. O que muda para um bolo ser melhor que o outro? É fazer ele bem, escolher boas matérias primas e o nosso papel como universidade é mostrar e debater para um produtor e uma propriedade que pode ter uma técnica certa, mas temos que debater e mostrar essa gama de técnicas e difundir esse crescimento”, acrescenta.

Novas raças ganhando espaço
No passado, o Sudoeste era tomado por animais da raça nelore. Nos últimos anos, raças nobres de gado de corte estão sendo adquiridas pelos produtores. “O angus, por exemplo, é uma raça que vem por méritos da associação de raça, bem fomentada, está tomando conta, não vai passar o nelore que é a nossa base genética, mas já se vende mais sêmen de angus do que de nelore, mas temos que entender que todo o animal que é mais produtivo, é mais exigente. Ele precisa de um cuidado maior, de uma alimentação melhor, não adianta comprar um touro de raça produtiva e botar num mesmo sistema de criação onde se colocava um animal sem muito potencial genético”, relata.
Ele destaca os índices obtidos em pesquisas na região. “Eu propago que estamos na melhor região pecuária do Brasil. Em qual lugar conseguimos ter, lado a lado, uma pastagem de clima tropical com uma de clima temperado? Se a gente manejar bem as pastagens, fazer bom planejamento forrageiro, temos um vazio muito curto. Ou seja, vamos alimentar o animal por pouco tempo no coxo. A média de produção de bovinocultura de corte é quatro arrobas por hectare e nós temos um experimento, vamos mostrar na tarde de campo, onde produzimos 56 arrobas por hectare sem coxo, só pasto, com técnicas que temos para mostrar”, compara.
As inscrições podem ser feitas no dia do evento, com as palestras tendo previsão para iniciar às 8h. Para estudantes, o custo é de R$ 25 e para técnicos e produtores o valor sobe para R$ 30. Quem quiser mais informações pode obter pelo 46-99925-2155.

Programação de Palestras

Produção animal em sistemas de integração lavoura pecuária – André Brugnara Soares – Professor dr. engenheiro agrônomo da UTFPR
O que é gestão pecuária na prática? – com Luciano Araújo – analista de sistemas especializado em pastagens da Terra Assessoria.
Importância de um bom reprodutor para o sistema de produção – Maickel Danielce – mestre zootecnista, assessor comercial da Evoluê AG. 
Estações de pesquisa
Estação 1 – Desempenho em confinamentos com diferentes taxas de ganho na recria
Estação 2 – Consórcio de leguminosas e forrageiras na ILP
Estação 3 – Irrigação de pastagem
Estação 4 – Sobressemeadura de pastagens

Fonte: Alexandre Baggio/ JdeB

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