O Governo do Estado informa que “o Paraná fechará este ano com 72% de coleta e 100% de tratamento do esgoto coletado. O índice estadual fica bem acima da média nacional de 51,6%, segundo o Instituto Trata Brasil. “Nossa meta é alcançar a universalização dos serviços”, afirma a governadora Cida Borghetti.”
O Sudoeste está abaixo da média estadual e pouco acima da média nacional: 52,4%. E se contar pelo número de sedes de municípios, fica em 40%, porque, das 42, somente 17 têm rede de esgoto.
Ainda segundo a notícia de Curitiba, “entre abril e setembro deste ano, a Sanepar investiu R$ 226 milhões em sistema de esgoto sanitário no Estado. E a atual gestão deixa pronta uma programação de investimentos da Sanepar a serem realizados até 2022, que alcançam R$ 2,25 bilhões, somente no sistema de coleta e tratamento de esgoto”.
Esses investimentos contemplam também o Sudoeste. Tem 36 projetos aprovados, uns em andamento e outros programados para iniciar neste fim de ano, em 26 cidades. Destes, somente um, o de Mariópolis, é para “implantação do sistema de esgoto”. Cinco são ampliações da rede de esgoto (em Salto do Lontra, Marmeleiro, Chopinzinho, Coronel Vivida e São João), os demais projetos estão ligados a melhorias no abastecimento de água (veja quadro nesta página).

Saneamento na Carta do Sudoeste, desde 2002
Como se vê, além de melhorias em estradas, a região continua muito carente, entre outros, em saneamento de suas cidades. E os pedidos são antigos. Nas cinco Cartas do Sudoeste entregues às autoridades do Estado, o pedido se repete – 2002 “programa de saneamento urbano com ênfase em tratamento de esgoto”; 2006 “ampliação do atendimento do tratamento de água e esgoto na região”; 2010 e 2014 (a mesma frase) “Saneamento rural e urbano: ampliação do atendimento do tratamento de água e esgoto da região”; 2018 “Investimentos da Sanepar em coleta e tratamento de esgoto no Sudoeste”.

Uma bandeira a ser defendida
O presidente da Amsop, Moacir Fiamoncini, prefeito de um dos 25 municípios do Sudoeste que ainda não têm saneamento básico, Santa Izabel do Oeste. Mas está entre os poucos com projetos aprovados para iniciar em 2019. Ele confirma que a cobrança dos prefeitos é constante. 
“As cidades vão crescendo, quando se constrói um prédio de 20 ou 30 apartamentos, só uma fossa céptica não resolve.” Muitas fossas não estão mais dando conta. Sem falar do lado higiênico e o que a falta do tratamento de esgoto prejudica a saúde da população.
“Esta é uma bandeira a ser defendida”, conclui Fiamoncini.

Fonte: Ivo Pegoraro/ Jornal de Beltrão

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