Frequencia aumentada dos espasmos pode até representar problemas nos rins


 Bastante conhecido, o soluço atinge desde recém-nascidos até a terceira-idade. Muitas vezes ele é inofensivo para o organismo, mas dependendo da frequencia em que ocorrem, os soquinhos podem até sinalizar um problema de saúde.

"As causas do soluço são diversas e estão sempre relacionadas à contração do diafragma, que reage na forma de espasmos de ar", explica o gastrologista e professor de anatomia humana da UNINOVE, Carlos José Lazzarini.
Sinal vermelho para o organismo
A frequência aumentada desses espasmos pode sinalizar que alguma coisa não anda bem com o organismo. Quando isso acontece, as causas do soluço são classificadas de duas formas. A primeira, endógena, está ligada a problemas de saúde como: aumento de sódio no organismo; insuficiência renal crônica; infecções no sistema nervoso central, que regulam a respiração, e até mesmo tumores na base dos pulmões. Enquanto a outra, de origem exógena, pode estar relacionada a: traumatismos na base no tórax e pós-operatório ligados a cirurgias na base superior do abdômen.

O soluço considerado "normal", que apresenta uma menor ocorrência, pode ser ocasionado por diversas razões. A mais comum delas é a ingestão rápida de alimentos e a fala constante durante as refeições. "Essas atitudes aumentam a quantidade de ar nos pulmões, que acabam atingindo o diafragma, provocando a contração e consequentemente o soluço", explica. A mesma contração também pode acontecer baseada em situações do dia a dia. "Sofrer choques térmicos de temperatura ou levar um susto muito grande, por exemplo, favorecem o aparecimento", explica Carlos José Lazzarini.

Enfrentando a fera
Algumas técnicas caseiras dão conta de acabar com o incomodo. Desde beber água de ponta cabeça até levar um susto, são atitudes que podem dar fim ao problema. Mas, de acordo com o especialista, nenhuma delas é capaz de cessar as crises de soluço. "Quando acontece por uma motivação do dia a dia, ou seja, são esporádicas, não adianta seguir regras. É preciso esperar que o diafragma reaja e diminua a contração. Assim, as crises acabam e a respiração volta ao normal", explica.

Entretanto, quando as crises são comuns, a melhor opção mesmo é procurar um médico. "Dessa forma, o especialista consegue descobrir a causa real para poder buscar o tratamento adequado", diz Carlos José Lazzarini.

Coitadinho do bebê!
De acordo com o gastrologista, o soluço esporádico em recém-nascidos é comum por causa do sistema central respiratório que ainda está em evolução. "Não adianta apelar para receitas caseiras, como colocar o fiapo do cobertor na testa da criança. Se a causa do soluço for "normal", basta esperar de cinco a dez minutos em média, que a crise passa." Mas o alerta quanto à frequencia permanece. Daí, é importante procurar um especialista. "O aumento do nível de sódio no organismo é uma das razões para a ocorrência atípica dos espasmos em bebês. O problema irrita o diafragma, gerando as crises", explica.

Soluço e bebidas alcoólicas 
Não existe uma ligação entre o consumo de bebidas alcoólicas e o soluço, mas a lógica é a mesma: há o aumento da quantidade de ar nos pulmões, que acabam atingindo o diafragma, provocando a sua contração. "Normalmente quem bebe muito costuma falar sem pausas para respirar direito", explica.

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