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RENATA PAGNONCELLI

Índice da dengue está alarmante em Dois Vizinhos

O índice do LIRAa ficou em 7.7, o indicado pelo Ministério da Saúde é inferior a 1.

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  • 16 de Janeiro de 2019
  • Foto: Salmo Duarte / Agencia RBS

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A primeira morte por dengue confirmada no Paraná acendeu um alerta em todo o Estado. De acordo com dados da Secretaria de Saúde (Sesa), de agosto de 2018 a 8 de janeiro de 2019 foram 129 casos de dengue distribuídos em 38 municípios. Uraí, no Norte do Estado, é o único município com epidemia, com 33 casos confirmados, e por lá foi registrado o falecimento de uma jovem em decorrência da doença. Foz do Iguaçu e Paranavaí também estão em alerta, com 25 e 15 casos, respectivamente. Os municípios com mais casos suspeitos são Londrina (1.005), Foz do Iguaçu (520) e Paranavaí (331). Ainda segundo o levantamento, as regionais de Saúde de Francisco Beltrão e Pato Branco registraram 97 e 24 casos suspeitos, respectivamente, e nenhuma confirmação. 
A partir da próxima semana estarão disponíveis novos dados sobre a dengue, isso porque a maioria dos municípios fazem nesses dias o Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa). Em Dois Vizinhos, o LIRAa foi concluído ontem e o resultado gera preocupação e atenção. “O índice do LIRAa ficou em 7.7, o que representa um alto risco. O recomendado pelo Ministério da Saúde é inferior a 1 ponto”, aponta a diretora da Vigilância em Saúde de Dois Vizinhos, Adriana Gonçalves de Azevedo.

Ela comenta que janeiro é um mês em que o índice sobe, justamente por proporcionar o melhor ambiente para o mosquito: calor e chuvas. A equipe de Vigilância e Saúde do município trabalhou o ano todo com a prevenção, mas ainda falta a contrapartida da população. “Durante todo o ano nós organizamos ações de prevenção, mas ainda há muito acúmulo de materiais, as pessoas não se preocupam com a própria residência. Em muitos casos, nossos agentes têm dificuldade de acesso”, diz Adriana.

Caso em análise
Na última sexta-feira, 11, um caso foi encaminhado para análise do Laboratório Central do Estado (Lacen) e pode demorar até 40 dias para confirmação de dengue. “Não adianta o nosso trabalho incansável de prevenção se há um descaso das pessoas. Nós precisamos que todos façam a sua parte porque é prejudicial para todo o município. Tivemos uma epidemia de dengue em 2015 e não queremos passar por aquela situação novamente”, reitera Adriana.

Fonte: Renan Guex/ Jornal de Beltrão