O contador e empresário Lauri Helfenstein (PSC) foi o entrevistado da semana no quadro Prefeituráveis, na Rádio Educadora AM. Vivendo há 42 anos em Dois Vizinhos, ele se diz preparado para ser candidato a prefeito. “Eu conheço bem a história política do município e, por isso, estou disposto a debater esse assunto. O País está cansado de candidatos falastrões, dos profissionais da política. Nós temos que ver a política de uma maneira diferente. Aquele candidato que vem aqui e promete mundos e fundos não vai cumprir as promessas porque a legislação não permite que ele dê benefícios para uns em detrimento a outros. Eu vejo que a administração pública hoje tem que ser levada muito a sério e a população precisa saber disso e escolher com autoridade, porque nós temos que dar poder para quem conhece de administração. Os políticos profissionais conhecem da política e a política, a velha política, acabou”, avaliou.

Outro ponto destacado por Lauri é que um prefeito precisa ter autonomia para escolher os seus secretários. “Para me dispor a ser pré-candidato, a primeira coisa que coloquei para o partido e vou continuar defendendo é que o prefeito tem que ter autonomia para escolher seus assessores. Se tu ratear os cargos antes da eleição, o teu mandato já foi para o brejo. Não adianta querer enfeitar pavão, vamos ser francos e abertos. Tem que ser diferente. Nós temos que ter autonomia, independentemente da cor partidária, pois Dois Vizinhos tem que parar com isso, temos que eliminar essa questão da pessoa ser de partido tal e não poder ser aproveitado”, completou.

Segundo o empresário, o partido tem outros pré-candidatos que serão debatidos, primeiramente, dentro da sigla. Depois de definir um perfil de candidato, o nome será apresentado ao grupo político e, por fim, será ouvida a população. “Estamos cansados de deixar a sociedade de lado. O político está com o poder na mão e temos que dar esse poder para a população. Meu nome está à disposição porque eu acho que chegou o momento dos pequenos partidos. Os grandes partidos,as duas alas de Dois Vizinhos, sempre dominaram a política e estão desgastados. Sempre atuei em pequenos partidos, sempre fui da minoria e hoje me sinto em condições de me lançar como pré-candidato porque chegou a vez do diferente, dos políticos que não são de carteirinha. Meu nome está à disposição do partido, depois do grupo, porque sem grupo você não ganha a eleição, não adianta se iludir, mas tendo como condição o não fatiamento do governo antes das eleições”.

Lauri destacou a diferença de tratamento do Governo Estadual para municípios como Pato Branco e Francisco Beltrão. “Precisamos quebrar o monopólio político que Dois Vizinhos tem de partidos maiores, temos que pensar diferente, eleger pessoas que não estão tão comprometidas com um lado político, pessoas mais liberais, com visão de unir as forças, principalmente, chamar as entidades. Temos um potencial muito grande, as entidades são fortes e representativas e precisamos usar isso para questionar junto aos nossos representantes para que eles olhem por Dois Vizinhos. Estamos há 30, 40 anos vivendo de migalhas. Em 2017, quando o Beto Richa começou a distribuir dinheiro pensando em eleições, eu tenho empresas em Francisco Beltrão, conheço a realidade e sei que o município recebeu cerca de R$ 65 milhões a fundo perdido, enquanto Dois Vizinhos recebeu R$ 3 ou 4 milhões. Nossa representatividade política é muito fraca, temos que nos unir, fortalecer e fazer pressão. Que critério é esse? Temos a metade da população de Beltrão e porque recebemos tão pouco? Nós podemos eleger outro deputado, podemos nos unir e, com dois deputados, vamos fazer a diferença, dar um passo muito grande. Isso é possível, mas temos que esquecer a rivalidade política. Depois da eleição, nosso partido é Dois Vizinhos”, conclui.

Fonte: Alexandre Baggio/ Jornal de Beltrão