Conrad Murray recebe sentença final

Médico do rei do pop Michael Jackson recebeu a pena máxima, quatro anos de prisão

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  • 01 de Dezembro de 2011
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Nesta terça-feira, dia 29, o médico Conrad Murray conheceu a sua sentença final. Por decisão da corte, o cardiologista recebeu a pena máxima e vai permanecer quatro anos na prisão, sem direito à condicional. Segundo o juiz da Corte Superior em Los Angeles, Michael Pastor, ele ficará na L.A. Country Jail.No começo deste mês, após seis semanas de julgamento, Murray já havia sido considerado culpado pelo crime de homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. Na manhã do dia 25 de junho de 2009, o médico encontrou o cantor de 50 anos aparentemente sem vida. Durante aquela noite, ele havia administrado o anestésico propofol no rei do pop.De acordo com Michael Pastor, houve “negligência criminal no caso”. "O Dr. Murray abandonou seu paciente, que confiava nele. Seu paciente era vulnerável", disse. "Ele assumiu um comportamento desonesto e fez todo o possível para cobrir suas transgressões. Ele violou a confiança da comunidade médica e de seu paciente. Ele não demonstrou absolutamente remorso algum, absolutamente senso de erro algum, e continua sendo perigoso", acrescentou o juiz.Os procuradores tinham requisitado a pena máxima para o último médico de Michael Jackson, de 58 anos, e pediram 100 milhões de dólares para indenizar a família Jackson pela perda de receita causada pela morte da estrela.O juiz disse que o Dr Murray terá que indenizar os filhos e os herdeiros do cantor, mas indicou que o valor será decidido em uma próxima audiência, fixada para 23 de janeiro.No início da sessão, a defesa de Murray pediu que a leitura da sentença não fosse transmitida a ao vivo e nem tivesse qualquer tipo de cobertura da imprensa, a fim de manter a privacidade do médico. A solicitação, porém, não foi atendida pelo juiz. Segundo ele, a participação de Murray em um documentário sobre Michael pesou em sua decisão, já que o médico não quis testemunhar durante o julgamento.Enquanto os advogados de defesa pediam pela liberdade condicional do paciente, já que era prevista a perda da licença médica, a acusação afirmava que “ele deveria ter se preocupado mais com seu paciente, em vez das ligações pessoais para a namorada”. O Ministério Público, por sua vez, queria que o juiz decidisse pela pena máxima. Os quatro anos seriam reduzidos ao menos pela metade, devido à superlotação da cadeia. Michael Jackson morreu vítima de uma "grave intoxicação" com propofol, um forte sedativo utilizado em hospitais que ele usava em casa como sonífero, com a cumplicidade do Dr. Murray.