''Estamos precisando de muita oração e ajuda'', disse Nilson Silvestro

Ele ressaltou que já passou por muitas dificuldades na vida, mas nada perto do que será necessário viver para suportar a ausência da filha.

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  • 28 de Fevereiro de 2020
  • Foto: Alexandre Baggio/ JdeB

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Milhares de pessoas se despediram das jovens Ana Caroline Basso, 26 anos, Bruna Silvestro, 25 anos, Bruna dos Santos, 26 anos, e de Paloma Corrêa Valter, 26 anos, em velório conjunto na Paróquia Imaculada Conceição de Dois Vizinhos. Os corpos chegaram ao local por volta das 5h30 no Centro Comunitário da Imaculada Conceição e ficaram no local até as 17h quando, depois da celebração de corpo presente, presidida pelo padre Marcelo Holdefer, aconteceram os sepultamentos.

As meninas foram vítimas de um grave acidente na última terça-feira, 25, na BR-282, em São José do Cerrito (SC). Elas voltavam de Florianópolis (SC). “Por volta das 18h30, numa comunidade chamada Salto dos Marianos, por causa da chuva, o carro acabou saindo um pouco, deslizou e bateu no guard rail. Esse fato, de repente, não teria provocado nada nas meninas, mas, no sentido contrário, vinha uma caminhonete, que não conseguiu desviar e bateu no carro. A Bruna Silvestre, a Ana Caroline e a Paloma não sentiram nada, a morte delas foi muito serena. A Bruna Santos foi retirada com vida, foi para o hospital em Lages (SC), mas com vários ferimentos internos não resistiu”, explicou Nilson Silvestro, pai de Bruna Silvestro, em entrevista para a Rádio Educadora AM.

Amigas de infância, as jovens costumavam viajar juntas. “Essa fatalidade vitimou quatro meninas fantásticas, que foram minhas alunas, se criaram dentro da minha casa, que viajavam juntas, se divertiam e choravam juntas, numa amizade muito bonita. São quatro talentos, que tinham muita coisa para dar para a sociedade e agora vão trabalhar em outra esfera”, completou Nilson.


A partir de agora ele pede ainda mais auxílio da comunidade para que as famílias suportem as perdas. “Todas as famílias vão precisar de muita ajuda. Eu olho para dentro de mim e eu sei que o amanhã, depois de amanhã, o final de semana, será de muita tristeza. Me conhecendo, sei que vamos todos precisar de ajuda para levar a vida para a frente. Peço ajuda da comunidade, das pessoas que têm trabalho espiritual mais desenvolvido. Estamos precisando de muita oração e de muita ajuda. Faço esse pedido sem nenhum pouco de vergonha. As quatro famílias precisam de oração e muita ajuda”, conclui.

Fonte: Jornal de Beltrão

A entrevista completa você pode ouvir no http://educadoradv.com.br/sete-meia