Empresas ligadas ao agronegócio estão contratando; Número de MEIs também aumentou.
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Desde o começo do ano, o Governo Federal está alterando a metodologia e, em virtude disso, os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) não estão mais sendo divulgados. Diante disso, ainda não se consegue ter a real dimensão dos efeitos da crise causada pelo coronavírus na economia em Dois Vizinhos. Na Agência do Trabalhador, no entanto, os pedidos pelo Seguro-desemprego cresceram ‘de 30 a 40%’ de acordo com Itacir Nesello, secretário de Desenvolvimento Econômico, Científico, Tecnológico e de Turismo. “É difícil precisar, mas fica nessa faixa o aumento dos pedidos. Vale lembrar que recebemos pessoas de fora e que pessoas daqui também podem pedir o seguro em outras cidades ou pela internet. Outro detalhe é que o prazo para encaminhar é de 120 dias, o que pode gerar discrepância nos dados”, disse.
Sem os dados do Caged, Nesello ressaltou que a colocação de pessoas com intermédio da Agência do Trabalhador estava, entre janeiro e março, se mantendo nos mesmos níveis do ano passado. “A partir daí já começa a se perceber um efeito da pandemia”, lamenta.
Tem gente contratando
Nesello ressaltou, no entanto, que as empresas ligadas ao agronegócio estão contratando, assim como está sendo ampliado o número de Microempreendedores Individuais (MEIs) em Dois Vizinhos. “Tentamos fazer o remanejamento dessas pessoas que perderam seus empregos em virtude da crise. As empresas do agronegócio vão ajudar que a gente sinta menos a crise do que grandes centros. Percebemos também que muita gente está buscando empreender e a abertura de MEIs está crescendo, seja para dar mais segurança a pessoas que estavam na informalidade ou, em alguns casos, são profissionais que perderam o emprego e estão recomeçando. No futuro, esse movimento pode render bons frutos para o município, com novas empresas em diversos ramos”, acredita.
Banco do empreendedor
O secretário ressaltou que não percebeu aumento de empresários procurando linhas de crédito para capital de giro ou pagamento de salários. “O maior movimento é de abertura de novos MEIs”, ressalta.
Fonte: Alexandre Baggio/ Jornal de Beltrão