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BOM DIA VIZINHO

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JOAO PEDRO SEGATO

Raul Isotton diz que queda na arrecadação pode chegar a R$ 12 mi

Prefeito terá reunião com o secretariado nesta sexta (24) para definir ações de austeridade.

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  • 24 de Abril de 2020
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A pandemia de coronavírus está mostrando sua outra face para a administração municipal de Dois Vizinhos: a de recessão econômica. O enfrentamento na saúde vem dando resultados positivos: na manhã de ontem, 23, o município descartou um caso suspeito, entretanto, no período da tarde, a secretaria de saúde divulgou outros dois suspeitos de estar com o vírus e agora o município conta com 12 casos descartados, um confirmado e dois em investigação (um homem de 36 anos e uma mulher de 50 anos com saúde estável, que estão internados no Hospital Pró-Vida. Os familiares foram orientados a seguir o isolamento).

Dentro desse cenário, o comércio local ficou totalmente fechado durante uma semana e, depois disso, com diversas restrições, voltou a funcionar. Mesmo assim, o prefeito Raul Isotton (Sem Partido) estima grandes baixas na arrecadação de impostos para o restante de 2020, sendo que os números mais pessimistas apontam uma queda que varia entre R$ 10 e 12 milhões na arrecadação, o que representa quase 10% do orçamento previsto para o ano: R$ 143 milhões. “Estamos tendo muitas conversas com os prefeitos do Sudoeste e é notório que temos uma situação de recessão. Toda a equipe da secretaria de finanças, através da secretária Márcia Besson Frigotto, o Rogério Nunes que é secretário de planejamento e o Itamar Boaretto, que é o secretário geral de governo, juntamente com a contabilidade e controle interno, já relataram sentiram queda de receitas no fechamento do primeiro trimestre”, disse.

O prefeito falou sobre alguns impostos que devem dar menos retorno ao poder público. “Percebemos que as pessoas estão consumindo menos, comprando apenas o essencial, seja no supermercado, na farmácia e isso também afeta o dinheiro que chega ao poder público. Estima-se que vamos ter uma queda, somente no retorno do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviço (ICMS), de 8 a 10%, o que representa R$ 4 milhões até o final do ano. Outras receitas, como o Imposto Sobre Transmissão de Bens (ITBI), que é referente a negócios imobiliários também deve cair, assim como o Imposto Sobre Serviço (ISS), pois vemos que as indústrias tem diminuído a produção e é uma preocupação dos empresários, principalmente, no setor do vestuário. Diante de tudo isso, precisamos diminuir despesas da prefeitura em cerca de R$ 1 milhão por mês. Isso vai afetar todos os setores. Temos que ser vigilantes em todas as ações”, completa Raul.


Grande parte da verba referente ao Imposto Sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), segundo o prefeito, já foi repassada. “Hoje, a situação é boa, mas vamos ver em julho, agosto, setembro porque o IPVA já recebemos 60%, mas o que vai ser do ISS? O IFP-M também não se sabe o que vai acontecer, estamos recebendo praticamente o mesmo do ano passado, sem reajuste nem da inflação. Por isso, temos a estimativa de queda de R$ 10 a 12 milhões de receitas no comparativo com o ano de 2019. Volto a dizer que precisamos ter ainda mais firmeza e prudência em todas as ações de agora em diante”.

Segurar investimentos

Isotton destacou que algumas obras que estavam programadas precisaram ser deixadas para outro momento. “Optamos por não fazer algumas licitações agora. É melhor não fazer determinada obra, pois precisamos trabalhar com menos estrutura e teremos reunião com todos os secretários para rever todas as ações que estão programadas desde 2017.

Precisamos sentir o que cada secretaria pode economizar para terminarmos o mandato com contas em dia. Esse é o nosso jeito de trabalhar. Vamos tirar o pé do acelerador em alguns pontos, temos que economizar”, ressaltou.

Fonte: Alexandre Baggio/ Jornal de Beltrão