O vereador Adriano Dida Steinemann Santiago (PTC) foi o entrevistado da série ‘Prefeituráveis’ no Programa Sete e Meia, da Rádio Educadora AM. Com 47 anos, o engenheiro civil busca o executivo seguindo os passos do pai, Dr. Paulinho Santiago, que foi prefeito em Cruzeiro do Iguaçu e vice-prefeito de Dois Vizinhos.

Dida falou sobre como surgiu a ideia de se tornar pré-candidato a prefeito. “Buscamos uma mudança de ideia, de pensamentos, um novo caminho, procurar uma nova força e eu acredito muito, sempre tenho falado isso na Câmara, na educação. Temos que mudar, fazer nossas escolas integrais, investir um pouco mais no nosso jovem, na nossa criança, eu acredito que essa é a transformação para melhorar o país”, disse. Ele foi presidente da Câmara no biênio 2017-18, se elegendo pela Rede.

O vereador ressalta que o novo prefeito vai enfrentar crise financeira nos primeiros anos de mandato, o que deixa o desafio ainda maior. “A gente, como pré-candidato, tem que ter noção disso. Então as empresas também precisam ser ouvidas, precisam participar efetivamente porque o emprego vai ser uma das causas de grande preocupação. Temos um parque industrial forte, somos uma cidade pujante e que tem uma força para continuar crescendo. Eu digo que Dois Vizinhos não depende mais de administração para sobreviver e o prefeito tem que ser um auxiliar das empresas. Eu volto a dizer que o candidato deve pensar em educação, nós temos nosso agronegócio que também é muito forte, graças a Deus, a agricultura vem dando muito resultado, mas a parte da pecuária temos que nos preocupar, a bacia leiteira, dar uma atenção especial para tudo isso”.

Situação ou oposição?

Dida destaca que sua postura, durante seu mandato na Câmara, foi mais de oposição do que de situação, mas rechaça qualquer definição. “Eu sempre tive uma posição, desde o primeiro dia, de fazer uma política para o povo, sem pensar em lado político. Eu acho uma besteira grande esse fanatismo do X ou do Y. Precisamos mudar a forma de pensar, sem ser partidário, fanático. Vejo que fui bem mais oposição, meu pai teve um lado político antagônico aos governantes que estão hoje no executivo, mas isso não muda nada. Temos que pensar no bem maior, sem conchavos políticos. Quem entrar vai precisar de uma cabeça boa, entrar sem dever obrigação para ninguém, um projeto político novo, sem amarras, porque, uma vez lá dentro, essas amarras te cobram e a pessoa vai ter que ficar quieta na política e isso eu não quero pra mim”, acrescenta.

Por fim, o pré-candidato ressalta que é importante o chefe do executivo ter, no primeiro escalão, equipe técnica. “Vamos supor no nosso município, onde você pega a Associação Comercial, conversa e eles podem sugerir cinco nomes para um secretário. Pega uma diretora de escola, que dê cinco nomes e você escolhe um. Na parte de saúde, eu sou ligado a essa pasta, tenho meu irmão Fabiano [Santiago] que presta um bom serviço para a saúde, então, queremos escutar quem está envolvido com o problema. Outra coisa é que Dois Vizinhos precisa cortar diretorias e secretarias. O primeiro ano do novo mandato deve ter, no máximo, três, quatro secretários. Depois você vai vendo como agir e temos que enxugar a máquina pública, ela vem de problemas, sempre ligada a alianças, arrumando vagas de secretários pra isso ou para aquilo e, hoje, para sobrar dinheiro, com certeza, tem que diminuir custo”, conclui.

Fonte: Alexandre Baggio/ Jornal de Beltrão