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JULIO VENDRAMINI

Bolsas europeias abrem em alta após plano para países em crise

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  • 10 de Maio de 2010
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Pacote deve chegar a 750 bilhões de euros, disse ministra.
Ministros do G7 apoiaram a decisão em comunicado.

Do G1, com agências internacionais

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Os mercados financeiros saíram da beira do abismo nesta segunda-feira (10), depois de autoridades globais anunciarem um pacote de resgate emergencial de cerca de 1 trilhão de dólares para conter a crise grega.

Entenda por que a Grécia vive uma crise financeira

As principais bolsas europeias abriram em alta entre 1,5% e 3%. O índice FTSEurofirst 300 de principais bolsas da região subia 5,91%, para 1.024 pontos às 7h12 (horário de Brasília), depois de sofrer na semana passada a maior queda em quase 18 meses.

Operador acompanha o noticiário nesta segunda-feira enquanto trabalha na Bolsa de Londres, que sobe após anúncio de ajuda a países em crise. (Foto: Reuters)

Por volta de 6h45 (horário de Brasília) o mercado disparava nos primeiros compassos da negociação: Londres subia 5,05%, Frankfurt 4,69% e Paris 6,98%.

Segundo a ministra espanhola da Economia, Elena Salgado, o pacote aprovado na madrugada desta segunda pelos ministros europeus das Finanças poderá alcançar os 750 bilhões de euros, uma iniciativa que terá a participação do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A ajuda terá 60 bilhões de euros em empréstimos concedidos pela Comissão Europeia e 440 bilhões de euros em empréstimos ou garantias dos países da zona do euro, ou seja, um total de 500 bilhões.

A isso "poderá se somar uma contribuição do Fundo Monetário Internacional que poderá alcançar "a metade da contribuição dos Estados membros da zona do euro", indicou Salgado.

A reação de calmaria depois do anúncio também se refletia no rendimento dos títulos da dívida da Grécia a 10 anos, que registravam uma queda forte na manhã desta segunda-feira, a 6,8%, contra mais de 12% na sexta-feira.

Euro
O euro subia 0,5% ante o dólar, para US$1,300, depois de avançar quase 2% mais cedo. Ante uma cesta de moedas, o dólar caía 1,4%. Entre as commodities, o petróleo tinha ganho de US$ 2,5.

Na semana passada o temor de que a crise de endividamento da Grécia contagiasse outros países como Portugal e Espanha arrastou o euro abaixo de US$ 1,26, fazendo alguns mercados de valores perder mais de 10% como Atenas (12,8%), Madri (13,8%), Paris (11,1%) e Lisboa (10,6%).

Na Ásia, as reações também foram positivas. A Bolsa de Tóquio fechou em alta de 1,60% e Hong Kong subiu 2,54%.

Apoio do G7

Os ministros de Finanças do Grupo dos Sete (G7, países desenvolvidos) apoiaram as decisões tomadas pelos países do euro em defesa da estabilidade financeira, ao reconhecer que neste momento há "necessidade de medidas excepcionais".

Em comunicado, os ministros de Finanças do Japão, Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, Canadá e Itália aprovaram as medidas extraordinárias tomadas em defesa do euro a fim de combater a especulação contra a dívida soberana de alguns Estados membros da União Europeia.

"Essas medidas serão uma forte contribuição para a estabilidade financeira e continuaremos trabalhando juntos para apoiar a estabilidade, a recuperação e o crescimento", indicou o G7 em comunicado.