A coluna Radar, do portal da Veja, informou que a família do ex-deputado federal Nelson Meurer, que morreu no último domingo, 13, em Francisco Beltrão, vítima da Covid-19, decidiu entrar com uma ação indenizatória contra a União. A motivação do processo é o erro na prestação jurisdicional e a não garantia a ele do direito à vida, conforme informou o advogado Michel Saliba para o jornalista Evandro Éboli. “A morte do Meurer não pode ser entendida como uma fatalidade. Fatalidade é outra coisa. Foi a crônica de uma morte anunciada. E anunciada várias vezes”, disse Saliba ao Radar.

A indenização é uma cobrança pelo Estado ter negado ao ex-deputado, de 77 anos, a prisão domiciliar dado seu estado de saúde: ele sofria hipertensão, diabetes e era cardiopata, além da idade avançada. “Mesmo se não tivesse tido a pandemia, ele morreria na prisão, dado seu estado de saúde, que exigia cuidados especiais”, completou Saliba. Meurer estava internado desde terça-feira, 7, em hospital particular de Francisco Beltrão e cumpria pena na Penitenciária Estadual, após o agravamento de seu estado. Ele foi o primeiro condenado pelo STF na Lava Jato por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

O advogado explicou, ainda para a Veja, que foram três pedidos de prisão domiciliar para o seu cliente, a partir do final do ano passado, quando começou a cumprir a pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Relator do caso, o ministro Edson Fachin, do STF, negou os pedidos.