Sem aulas presenciais, Apae mantém atendimentos de saúde

Os professores seguem enviando tarefas e acompanhando os trabalhos dos alunos via internet ou com atividades impressas.

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  • 14 de Julho de 2020
  • Foto: Assessoria

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A Associação de Pais e Alunos dos Excepcionais (Apae) de Dois Vizinhos mantém, além da Escola de Educação Especial Colibri, diversos profissionais de saúde que atendem alunos e pessoas com deficiência através de convênios assinados com o Sistema Único de Saúde (SUS). A pandemia de coronavírus, no entanto, mudou as formas de trabalho no ano de 2020. Sem as aulas presenciais, os professores estão trabalhando diversos tipos de atividades, on-line e impressas, com as famílias. “A Apae mantém a Escola Colibri, que trabalha com Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos. Nesta pandemia, interrompemos as atividades presenciais escolares ainda em março. A exemplo das outras escolas, todo o trabalho tem sido on-line através do WhatsApp e, quem não tem as condições, a cada 15 dias, vamos levar atividades nas casas. Nesse período, os professores estão interagindo muito com as famílias e alunos. Dentro de toda essa pandemia, esse desconforto, esse caos que virou, uma coisa importante foi o contato com as famílias: descobrimos famílias, incríveis, e muitas delas perceberam a importância do trabalho dos professores. Temos depoimentos importantíssimos de familiares dizendo que não conheciam tantos talentos dos filhos”, explicou a diretora Elaine Bonato. Atualmente, a escola atende 138 alunos e conta com o trabalho de 53 profissionais das mais diversas áreas.

Atendimentos seguem
Através de uma parceria com o Sistema Único de Saúde (SUS), a instituição segue oferecendo uma série de atendimentos. “Temos os trabalhos de fonoaudiólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos e psiquiatras. Tínhamos 32 horas de atendimentos desses profissionais e, em um novo convênio, firmado no ano passado, expandimos esse tempo para 100 horas. Durante a pandemia, agimos da seguinte forma: no início, os profissionais ficaram 15 dias afastados; depois, a gente concedeu um mês de férias e agora retornamos as atividades. Os pais levam os filhos de modo voluntário, em nenhum momento insistimos, com atendimento de hora em hora. São 45 minutos de trabalho e 15 minutos para higienizar os ambientes. Atendemos alunos e 11 pessoas da comunidade, sem vínculo com a Apae”, completa.

Estrutura física
A estrutura da Apae foi inaugurada em 1995. De lá para cá, foram várias melhorias no espaço, que agora vai ganhar nova cobertura. “O telhado nunca foi mexido. De vez em quando acontecem avarias, como o último vento aconteceu e os pedreiros tem até medo de subir porque está muito frágil. Por causa dessa necessidade de troca, no ano passado, adquirimos as telhas sanduiche para podermos cobrir. Isso com recurso do Fundeb, uma sobra de aproximadamente R$ 60 mil. Conversamos com o deputado Vermelho (PSD) e pedimos uma verba para pagarmos a estrutura metálica e ele nos atendeu, colocando uma emenda do próprio SUS para reformas e o recurso já está na conta da Prefeitura. Agora já foi aprovado pelo Conselho Municipal de Saúde e agora vamos fazer os trâmites para que a Apae possa receber os R$ 193 mil e mais R$ 50 mil da deputada federal Leandre (PV), da mesma fonte, para investimento em reformas”, explicou Elaine.


Além da troca do telhado, serão melhoradas as calçadas na frente da escola, a cerca e algumas situações para atender as exigências do Corpo de Bombeiros. “Recebemos também um recurso de R$ 21 mil do Ministério Público para a reforma da cozinha, que também é muito antiga. Já foi aprovado, recurso já vai ser liberado em breve”, comemorou.

Apae sem eventos

Uma das grandes fontes de renda da Apae é a realização do seu ‘Almoço no Parque’, onde é servido o prato tradicional do município: Leitão à Dois Vizinhos. Em virtude da pandemia, o evento não será realizado. “Hoje, além do leitão, temos a rifa da Apae Noel sempre em dezembro, que é da Federação Nacional das Apaes, os blocos vêm para Dois Vizinhos e a gente faz a venda para colaborar. São as duas únicas promoções que fazemos durante o ano. Outra fonte de arrecadação que segue é o telemarketing, onde ligamos para as pessoas, conversamos com elas e, após o contato, o mensageiro passa receber o recurso devidamente identificado. Fora isso, é golpe. Tem muito malandro nessa época de pandemia querendo se aproveitar das famílias para algo que não confere”, explica Douglas Sbardelotto, responsável pelos eventos.