Com 25 anos, Irival ‘Kike’ Didomenico (PSD) estreou na política sendo o vereador mais votado nas eleições 2020. Com 1.049 votos, ele terá a responsabilidade de legislar entre 2021 e 2024. Nascido e crescido no Jardim Concórdia, Kike é filho de Vilmar e Margarete e tem um irmão chamado Isaque. Ele tem uma empresa que faz transporte universitário e é formado em Matemática.“Fui professor por dois anos e meio, o primeiro em São Jorge D’Oeste, depois trabalhei no Vinicius de Moraes, no Monteiro Lobato e, por fim, no José de Anchieta. No decorrer desse tempo, recebi o convite para trabalhar como assessor legislativo na Câmara, aceitei, fiquei lá por sete, oito meses e depois fui trabalhar na Prefeitura. Trabalhei no Departamento de Tributação e receita e no Departamento de Gestão Urbana. Foram cerca de dois anos de trabalho e eu saio da Prefeitura tendo amizades grandes”, disse o vereador, em entrevista à Rádio Educadora.

Kike recebeu apoio do presidente da Câmara, Douglas Colaço (PSD), durante a campanha. “Eu recebi o convite dele para ser candidato. Na minha família, ninguém foi para a política e o primeiro apoio que eu tinha que conquistar era o deles. Eu falei para meus pais, meu pai olhou para mim e disse que tudo o que eu quis na vida, eles tinham me apoiado, e não seria diferente na política, mas pediu para que eu não prometesse o que não fosse cumprir, que honrasse meu nome e o nome da família em todos os momentos. Nossa campanha foi baseada nisso, fizemos várias reuniões e em todos os locais eu não prometi uma pedra, mas deixei meu compromisso, pedia uma oportunidade de poder representar cada um, na Câmara”, acrescenta.

Ele falou sobre as dificuldades de se fazer uma campanha eleitoral. “Ganhei essa oportunidade com uma votação expressiva e tenho orgulho de estar aqui hoje e devo essa eleição à família, aos amigos que jamais me abandonaram durante a caminhada. A eleição é complicada, a gente pensava em desistir, tem muitos coronéis da política que acham que são os poderosos de uma eleição, mas essas eleições que passamos deu a resposta para muitos deles. Vejo aí candidatos que seriam os mais votados, que estão pendurados em sindicatos, cooperativas há muitos anos e não fizeram 300 votos. Nós, com apoio dos amigos e da família, conseguimos atingir a maior votação em Dois Vizinhos e eu só tenho agradecer a todos que confiaram em mim”, diz.

Independente

Dentro da Câmara de Vereadores, ele não se considera nem situação, nem oposição, mesmo tendo sido eleito por um partido que apoiou a candidatura do Professor Nilson (PSC). “Quando eu fui para a campanha, de tão focado que estava, até esqueci os candidatos a prefeito. Eu pedia oportunidade para ser eleito vereador. Eu não dependo da política pra viver, tenho profissão, empresa, diferente de muita gente que depende de cargo público para se manter. Entrei na política porque acredito nela, que pessoas novas, com vontade de fazer a diferença, podem fazer Dois Vizinhos ir para a frente. Essa semana, por acaso, tomei um café com o prefeito eleito Carlinhos Turatto (PP) e já declarei a ele que vou ser independente, não vou ser oposição e nem situação. Quero honrar os votos que recebi e falei pro Carlinhos que se for coisa boa, de interesse da população, conte comigo. Mas se for algo de cunho particular ou interesse próprio, não adianta nem me procurar. Eu acho complicado um vereador defender um prefeito que ele precisa fiscalizar.

Todo vereador deveria estar junto ao prefeito em momentos necessários e quando o prefeito se equivocar, votar contra e pensar no crescimento do município”, conclui.

Fonte: Alexandre Baggio