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Fábio Júnior Gaspar defende presidente da câmara com experiência

Em 2020, ele disputou sua segunda eleição e conseguiu êxito obtendo 796 votos.

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  • 08 de Dezembro de 2020
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Disputando a sua segunda eleição, Fábio Júnior Gaspar (PP) conquistou a vaga no legislativo. Em 2016, ele teve 621 votos e ficou como suplente. Agora, com 796 votos, conquistou vaga no legislativo com 796 votos. Com 32 anos, Fabinho é natural de Dois Vizinhos, foi locutor de rádio e atual em programas sociais. Ele lembrou sua trajetória até chegar a câmara. “Foi uma trajetória muito sofrida. Logo cedo, com cinco, seis anos, eu e meus irmãos começamos a trabalhar. Eu fui engraxate, vendedor de picolé. Foi bem difícil, mas nós herdamos a luta e a vontade de trabalhar dos meus pais. Os quatro filhos herdaram a vontade de vencer, a dedicação ao trabalho do meu pai Adão Gaspar e da minha mãe Terezinha. Por isso, sempre pensei em fazer projetos sociais pensando nas crianças que são o nosso futuro”, destacou.

Ele procurou fazer uma campanha limpa. “O poder público faz a diferença na vida das pessoas. Tanto da criança, quanto do idoso que já fez seu trabalho e precisa descansar. Por que faz a diferença? Se eu, quando era engraxate, queria ser prefeito era porque eu queria ver o melhor para a minha família. Foi um trabalho muito humilde, chegamos lá com muito sacrifício”, disse.

Nos bairros humildes

Fabinho é um dos fundadores do grupo Elo das Correntes que tem, como principal ação, levar o Papai Noel para todos os bairros da cidade e comunidades do interior na época do Natal. Isso fez com que a campanha do vereador eleito acontecesse muito dentro dos bairros mais humildes. “A gente chega nos lugares onde muito político tem medo. Não é medo do cidadão, é falta do respeito do político com esse cidadão. Eu falei na campanha inteira que o político não tem respeito com o Bairro Esperança, com o Merédik. Porque quando ele acha que chegar lá com uma Kombi cheia de cestas básicas, ele tá comprando o cidadão, mas ele não tá comprando, ele tá desrespeitando o morador daquele bairro. Em todo bairro, inclusive no centro, existe pessoas ‘tranqueiras’. Dentro dos bairros pobres existem pessoas que acordam 4h30 da manhã, vão trabalhar para conquistar. Não adianta de nada a gente ser soberbo, dizer que acredita no cidadão, mas na hora da eleição oferecer cesta básica, gasolina, pagar luz, água, isso é um desrespeito ao eleitor e, a partir do momento que o eleitor entender isso, vamos começar a filtrar e trazer pessoas que realmente querem trabalhar por Dois Vizinhos e não fazer politicagem”, acrescenta.

Base de apoio do governo

Mesmo sendo vereador de situação, ele disse que não vai deixar a missão de fiscalizar a administração pública. “Eu fui candidato a vereador do Carlinhos Turatto (PP), não candidato a puxa-saco dele. Minha lealdade é 100% com o Carlinhos e eu quero fazer com que ele tenha o melhor mandato da história, só que tudo dentro do correto, do certo, do honesto. Eu vejo o Carlinhos e o Nery como pessoas que querem fazer. Eu acredito que eles irão fazer esse mandato diferente. Vai ser bom, mas não vou ser um vereador cego, que está sempre do lado ou contra o prefeito. Temos que estar a favor da população. Quem me elegeu foi a população. Eu sou transparente e prefiro falar uma verdade doída, do que uma mentira doce”, explica.

Presidência da casa

Na opinião do vereador eleito, o novo presidente do legislativo deve ter experiência. “Tivemos uma reunião com os seis da base do governo. Houve bastante conversa e eu não pretendo ser presidente da câmara porque eu acredito que para ser presidente é necessária uma experiência e os únicos do nosso grupo são o Chico Peretto (PSL), o Chicão Dalagnol (PP) e o Juarez Alberton (PSDB). Na minha opinião, é necessária experiência legislativa, tem que ter sido vereador para conhecer os trâmites, como funciona. Aí tem gente que vai dizer que está se preparando, mas calma lá, ou você está se preparando ou está com interesses próprios? A presidência, honestamente, tem um poder muito grande. O poder legislativo é a parte do executivo, mas, se acaso, tiver dentro do legislativo alguém que coincida com tudo o que o executivo quer, teremos uma câmara cabresto”, conclui.

Fonte: Alexandre Baggio/ Jornal de Beltrão