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Gilmar Paixão faz uma avaliação dos oito anos de mandato

Ele assumiu em 2013 depois da renúncia de Lori Gaio (PV) e foi reeleito em 2016.

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  • 30 de Dezembro de 2020
  • Foto: Portal Educadora

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O prefeito Gilmar Paixão (PDT), de São Jorge D’Oeste, se despede da Prefeitura amanhã, 31 de dezembro. A sua história no comando do município é, no mínimo, curiosa: ele se elegeu, em 2012, como vice-prefeito na chapa com Lori Gaio (PV). Em novembro de 2013, Lori renunciou e Paixão passou a ser o chefe do Executivo. A reeleição veio em 2016, com o dr. Emiliano Viesba (MDB) sendo eleito vice-prefeito, entretanto, o médico renunciou também no primeiro ano de mandato, em 2017.

Com isso, Paixão governou tendo, na maioria do tempo, os presidentes da Câmara como vice. “Surgiu, de repente, a saída do prefeito Lori e eu fiquei sem vice, sendo sempre o presidente da Câmara.

Tive cinco vices em dois mandatos. O primeiro foi o Osmar Marmitt, depois o Rodrigo Lorenzoni, que assumiu durante minha campanha de reeleição, aí o Jovandir Tessaro (em memória) e o Odinei Rebonatto, além do dr. Emiliano”, lembrou Paixão, em entrevista a Rádio Educadora AM.

Contas

O prefeito falou sobre alguns desafios do mandato. “São Jorge, como todos os municípios, teve muitos processos na justiça e eles vão perdurando, mas precisam ser pagos em algum momento. Agora, depois de 18, 20 anos, nós pagamos muitos precatórios. Conseguimos, através de uma lei do Governo Federal, parcelar esses pagamentos, depositando mensalmente. Hoje, temos quase R$ 8 milhões em precatórios para pagar, sendo que já pagamos, até agora, R$ 3,1 milhões. São dívidas que saem do recurso livre”, lamenta.

Ele falou ainda sobre a questão de financiamentos. “Em dívidas, nós pagamos R$ 9 milhões de financiamentos anteriores e o que vai vencer, até 2028, chega também a R$ 9 milhões. Isso é diluído mês a mês. O que pagamos no período é o que fica para as próximas administrações. Vale lembrar que a folha de pagamento está bem enxuta, com 48% do orçamento gasto com pessoal”.

Obras que ficam

Paixão destacou algumas obras que serão deixadas para ser concluídas em 2021. “A rede de esgoto ainda está em andamento, a Câmara de Vereadores, a quadra de esportes em Iolópolis, a reforma do centro de convenções, num recurso da deputada federal Leandre (PV), a revitalização do bosque municipal, num recurso do Zeca Dirceu (PT). Temos licitado também um trecho de asfalto da Linha Tiradentes, da ponte até a comunidade. Semana passada foi liberado um asfalto da cidade até a Linha Nossa Senhora de Fátima, sendo que o dinheiro está depositado e a contrapartida também. Vamos deixar cerca de R$ 10 milhões em caixa, sendo cerca de R$ 1 milhão em recurso livre”, relata.

Pavimentação nas ruas urbanas e estradas do interior, as galerias na cidade e as pontes no interior também são obras marcantes para o futuro, além da nova estrutura para a Escola São Jorge (em tempo integral), creches e postos de saúde também são lembradas pelo prefeito.

Piracanjuba

O grande legado, no entanto, será a indústria da Piracanjuba, que está sendo edificada no município. “Vamos ter o antes e o depois da Piracanjuba. Isso faz com que a região se desenvolva. Eles já têm um investimento maior do que o inicial. Na última semana, fecharam mais três escrituras de terrenos para ter a maior fábrica de queijo do Brasil. O projeto é grandioso. Semana passada eu estive em Goiânia para acertar todos os detalhes com eles, pois temos uma lei que foi feita e que vai beneficiar a empresa. A Prefeitura vai oferecer cerca de R$ 3,6 milhões em serviços, trabalhos, equipamentos ou qualquer tipo de benefício. Começamos com a terraplenagem, onde já se investiu cerca de R$ 300 mil”.

O trabalho está sendo feito com máquinas do poder público e terceirizadas. “Hoje, se o município quiser colocar só máquinas próprias, pode colocar. Nós reformamos o parque de máquinas e só temos uma que não com a cabine climatizada, sejam tratores, patrolas, rolos, ou caminhões”, avalia.

Mais empregos

No começo de dezembro, o empresário Gilson Tedesco também sinalizou investimentos no Distrito Antônio Paranhos. “Ele nos mandou um protocolo pedindo que tipo de auxílios teríamos para investimentos nesse ramo. Conversamos, aceitamos o ofício dele e encaminhamos para a próxima administração. Não tínhamos tempo e nem autorização para mandar leis para a Câmara. É uma indústria do ramo alimentício, mas ainda não está esclarecido”, completa.

Por fim, ele desejou sorte para a sua sucessora, Leila da Rocha (PSC). “Ela tem condição de fazer um mandato muito bom. É isso que eu espero. A gente conseguiu fazer um bom mandato e eles podem fazer muito mais, porque eles têm experiência. É vontade minha, dos sanjorgenses, que as coisas sempre melhores.”

Fonte: Alexandre Baggio