Reformulada recentemente, a antiga Casa da Arte passou a ser a Casa do Artesão em Dois Vizinhos num espaço que comercializa as artes produzidas aqui. Instalada na Praça da Amizade, ponto central da cidade, o espaço tem atraído atenção dos duovizinhenses e de pessoas que visitam a nossa cidade. “A Casa da Arte foi fundada há alguns anos. A presidente me fez o convite para assumir e eu aceitei. Agora se tornou a Casa do Artesão e temos produtos de muitos artesãos do município sendo vendidos ali. Inclusive, convido todo artesão que faz qualquer peça, para nos visitar. Acreditamos muito no potencial dos nossos artistas e que nosso trabalho ajuda a fomentar o turismo. Queremos promover também oficinas, pois temos muita gente talentosa na nossa cidade”, disse Júnior Mafra, o Catarina, presidente da Associação Artística de Dois Vizinhos.

Em conversa com outros profissionais, durante a pandemia, Catarina percebeu que muitos artesãos poderiam ter rendimentos com as suas artes. “As pessoas não acreditavam no seu potencial e eu, por ter uma bagagem, um conhecimento, eu acreditei que seria possível desenvolver um trabalho bacana em parceria com o turismo na cidade. Convidamos alguns artesãos e colocamos a cara a tapa. Iniciamos com a feira na Praça Ary Muller. Conversamos com as autoridades, com a fiscalização da prefeitura e nos apoiaram. Começamos em dois, a feira cresceu e hoje temos um número expressivo de expositores”, acrescenta.

Outras ações estão sendo planejadas. “Temos trabalhado, além da associação, para o desenvolvimento, mas pensamos como ajudar o turismo local. Tenho conversado com representantes da prefeitura para crescer, naquela casa, oferecendo, além do souvenir, uma lembrança da cidade, e, quem sabe, uma informação turística, fazer parceria com hotéis e restaurantes para mostrar nossas potencialidades”, completou.

O atendimento na Casa do Artesão é de segunda a sexta, das 9h às 18h, e no sábado na Praça Ary Muller, durante o horário comercial (em frente à Paróquia Santo Antônio).

História

Júnior Mafra é de Florianópolis (SC) e vive em Dois Vizinhos há muitos anos. “Minha mãe era professora de educação artística, mas acabei me encontrando com a arte depois que eu fui estudar no Colégio Militar no Rio de Janeiro e tive um alto grau de stress, fiquei internado em um hospital da Cruz Vermelha e me deram umas peças para pintar. Ali eu comecei a ver que eu realmente tinha esse dom e não parei mais, comecei a fazer peças para família, amigos, um passatempo. Hoje o meu forte é trabalhar com madeira que é descartada, eu reuso para fazer peças de arte. A pandemia foi um grande aprendizado, impulsionador da criatividade e foi esse momento difícil que me ensinou a trabalhar com a arte e mostrar para as pessoas que isso dá certo”, conclui.

Fonte: Jornal de Beltrão com Portal Educadora.