Nos últimos anos, o empresário Gilson Tedesco vem diversificando seus investimentos. Reconhecido por comandar a Ciss S/A, que é uma fábrica de software, o empresário agora está expandindo os negócios para a construção civil e planeja grandes investimentos em piscicultura em São Jorge D'Oeste. “A Alfa Fish vai estudar o desenvolvimento da tilápia australiana, do cascudo, piratinga e piracanjuba. Começamos com uma estrutura de larvas de peixes, que se tornará o alevino, o juvenil e vamos transferir isso para o lago. Conseguimos a outorga da água, de 1 milhão de hectares para esse projeto. Eu não vou fazer ele sozinho, numa espécie de condomínio cooperativo, e o cidadão que desejar pode comprar um, dois, cinco, 10 tanques. A pessoa compra e nós vamos gerir. É o inverso do aviário, por exemplo. Vamos administrar, gerir e a pessoa recebe o resultado do tanque. O projeto é de, praticamente, 4 mil tanques, com 5 toneladas de peixes cada. Na sequência, vamos trabalhar com frigorifico, que vai comercializar com o peixe in natura e também e produtos enlatados, pratos e outras coisas”, explicou o empresário em entrevista para a Rádio Educadora AM.

Ele destaca que o investimento foi pensado porque o mundo precisa, cada vez mais, de alimentos. “É algo necessário para sustentação da humanidade. É uma oportunidade de negócio. Eu vou ser uma espécie de Attilio Fontana do peixe, é isso que eu vou fazer. Terminamos, no sábado, 17, a terraplenagem do espaço que vai receber os tanques laboratórios. Agora, vamos edificar os tanques. Trouxemos agrônomos, zootecnistas e químicos que já estão trabalhando há dois anos na pesquisa e desenvolvimento das larvas. Conhecemos estruturas semelhantes no Sudoeste e no Brasil e a previsão é, em 10 anos, chegarmos a 1 mil empregos diretos”, completou.

G&L e Blocom

Outros investimentos do empresário serão voltados para a construção civil. “A G&L Construir é uma empresa que vai desenvolver casas para os lagos. Vamos nos especializar neste filão de mercado. São casas prontas, terminadas. Eu fui muito para os Estados Unidos e há uns 10 anos eu vi uma forma de construir e fiquei com vontade de trazer aquele conceito para o Brasil. Descobri, há dois anos, que os americanos trouxeram uma franquia desse produto para Minas Gerais e eu tenho, agora, a franquia do Sudoeste, parte do Oeste e Centro Sul. Dentro disso, temos também a G&L Blocom porque eu queria fazer algo diferente, inovador, tecnológico. É uma tecnologia que vem revolucionando a construção civil, numa substituição do tijolo. São paredes prontas, com 90x90 centímetros, com EPS, isopor de 12 centímetros no meio e paredes laterais de 2 cm cada lado, uma malha de ferro, pesando cerca de 42 quilos. Quanto tempo leva para fazer uma parede com o blocom? Uma parede de 34 metros, por 2 metros de altura, foram 12 horas já com a massa corrida pronta. É muito rápido. É resistente, tem todos os laudos de robustez, segurança, aguenta 10 mil quilos de impacto, então, é algo diferente”, explica.

A construção com os blocos diminui cerca de 40% no tempo total da obra, além de baratear o custo. “Uma casa que levaria seis meses, vai ser feita na metade do tempo. Esse é o grande ganho. Outra situação é que não vai madeira, diminui 95% a necessidade desses materiais. Serve para fazer barracões, galpões, aviários, chiqueirões, enfim, para uma porção de coisas. Quem construir com Blocom vai diminuir em até 60% o consumo de ar-condicionado porque é térmico”.

O empresário agradeceu o ex-prefeito Gilmar Paixão (PDT), de São Jorge D’Oeste, e a prefeita Leila da Rocha (PSC) pela parceria. “O prefeito Paixão (PDT) nos atendeu no primeiro momento, mas a Leila, desde quando assumiu, em todos os momentos que precisamos, deu atenção sem deixar a desejar”, elogia. São, atualmente, cerca de 50 colaboradores já contratados pela empresa. 

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Fonte: Jornal de Beltrão

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