UTFPR recebe equipamentos de inteligência artificial para análise de plantas
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Na última semana, a UTFPR de Dois Vizinhos recebeu representantes da empresa Optionline Brasil, Janice e Marcel Grossman, em um ato de entrega de equipamentos para desenvolvimento de pesquisa científica de alto nível, envolvendo inteligência artificial. Os equipamentos recebidos via termo de cooperação são denominados Smart - tecnologia NIR - Near Infrared (ou Infravermelho Próximo, em português) e atuam como um espectrofotômetro, mesmo equipamento utilizado para análise de sangue em humanos, mas para avaliar a seiva das plantas, como se estivesse avaliando o sangue de humanos ou animais.
A ação não envolve uso de reagentes e catalizadores, com a leitura feita diretamente na amostra e isso ajuda a economizar, gera menos periculosidade para o operador e o dano ambiental do manuseio de substâncias tóxicas, ocasionando também um custo mais baixo por análise. Outras vantagens são que o método é rápido e uma amostra pode ser analisada no NIR em poucos segundos, contra cerca de 1-3 horas nos métodos de referência. O equipamento proporciona também fazer análises múltiplas, com análise quantitativa de múltiplos elementos simultaneamente, como por exemplo em plantas macro e micronutrientes, proteínas, compostos fenólicos, carboidratos e analise de enzimas.
No método convencional, a determinação dos elementos é feita a partir de amostras de folhas (tecidos) recolhidas no cultivo de interesse, como soja, milho, trigo, etc. Esse processo é utilizado há bastante tempo e é considerado muito confiável, entretanto, é bastante trabalhoso, demorado e oneroso. O método de análise de seiva analisa os elementos que se encontram solubilizados na seiva e nos vacúolos celulares, que aqui simplesmente chamamos de Método da Seiva, sendo mais real em relação estado que se encontra a planta.
O professor Sérgio Mazaro, fitopatologista, salienta que esse método veio para revolucionar, e mostra um pouco do avanço tecnológico futurista. “Quando imaginávamos que iriamos fazer análises de seiva de plantas da mesma forma que se faz análise de sangue em humanos e animais?”, indagou. Ele ressalta que tal tecnologia já está calibrada para soja, milho, feijão e trigo, e será aplicada a experimentos na instituição de ensino e também pretende prestar esse serviço a consultores e produtores da região. “Isso irá otimizar o uso racional de fertilizantes e permitirá aumento de produtividades”, completa.
A Professora Lilian Mayer comenta que utilizando esse aparelho, pode-se formular dietas e suplementação mineral para os animais de maneira mais rápida e com segurança técnica. “Isso torna todo o processo mais eficientes e otimiza a produção na propriedade, uma vez que o aparelho vem calibrado para as forrageiras utilizadas para a alimentação animal (pastagens e plantas para silagem)”, conclui.
Fonte: Assessoria