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JULIO VENDRAMINI

Moradores de Saudades “estão sem chão” com tragédia em escola

Um rapaz, de 18 anos, invadiu a creche de matou cinco pessoas.

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  • 05 de Maio de 2021
  • Foto: Felipe Eduardo Zamboni/Rádio Centro Oeste.

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Os moradores de Saudades (SC) estão perplexos com o ataque à Creche Aquarela na manhã desta terça-feira, 4. O município fica localizado no Oeste de Santa Catarina, a 125 quilômetros de Francisco Beltrão. Um rapaz, identificado como Fabiano Kipper Mai, de 18 anos, matou três crianças (Sarah Luiza Mahle Sehn, de 1 ano e 7 meses; Murilo Massing, de 1 ano e 9 meses; e Anna Bela Fernandes de Barros, de 1 ano e 8 meses) e duas professoras (Mirla Renner, de 20 anos, e Keli Adriane Aniecevski, de 30 anos).

Alfeu Schu, morador da cidade e vereador do município de Saudades, disse em entrevista à Rádio Centro Oeste, de Pinhalzinho (SC), que a sociedade está chocada. “A gente veio aqui pra ajudar e viu essa cena de terror ali acontecendo. Aqui é um município pequeno, praticamente todo mundo conhece todo mundo e acho que ninguém poderia imaginar que um munícipe de Saudades pudesse fazer isso. É triste. É só gente fora do município pedindo informações sobre o que aconteceu, mas é uma cena. A gente nunca pensou e nem imaginou que Saudades ia passar sobre isso ali. É muito triste e é uma cena revoltante do município que… não é um município muito violento, cenas violentas são poucas na cidade, então, ver isso aqui é muito triste.”

Seo Silvério, funcionário público de Saudades, diz que todo mundo está em choque no município. “Porque todo o pessoal – inclusive eu, que trabalho na prefeitura municipal – conhece o pessoal, conhece a família, o pai dele, a mãe dele; uma família que a gente nunca escutava nada. Então, a gente fica muito chocado com essa situação, mas a vida continua pra quem tá aqui, mas é uma coisa que fica marcado pra sempre. Aqui já deu várias coisas, enchente que foi ruim, mas nunca pensei que fosse presenciar na minha vida um ocorrido desses.”

Ele disse que conhece as famílias das crianças e tudo está sendo muito difícil de entender. “Eu fiquei sem chão, tava trabalhando e parei na hora, quando minha esposa me ligou que era pra vir correndo – ela é professora de creche também, até já trabalhou no Aquarela.”

Por Niomar Pereira/Jornal de Beltrão com colaboração de Felipe Eduardo Zamboni/Rádio Centro Oeste).