A falta de chuvas está prejudicando a safra de milho em toda a região Sudoeste. Segundo Antoninho Fontanella, do Deral de Francisco Beltrão, que também atende a região de Dois vizinhos, as perdas nos 27 municípios abrangidos pelo órgão já ultrapassam as 200 mil toneladas do grão. “O milho safra normal, que é plantado em agosto, setembro, outubro e novembro, temos 16.750 hectares plantados e a previsão de uma produção de 170 mil toneladas. Tivemos uma quebra de 30% da produção em função da estiagem em setembro, outubro e novembro. Já são praticamente 50 mil toneladas que deixaram de ser produzidas. No milho safrinha, a área prevista é de 100 mil hectares e a previsão era produzir 540 mil toneladas, porém, com a estiagem que vem sendo registrada nos últimos quatro meses, a quebra já é bastante significativa. Vamos fazer uma avaliação melhor no decorrer dos próximos dias para quantificar a quebra, mas já está em 40% na safrinha, chegando a 200 mil toneladas que deixarão de ser colhidas”, destacou.

Parte desse milho plantado será destinado para a silagem, entretanto, a qualidade também já está comprometida. “São cerca de 35 mil hectares plantados no cedo para silagem e mais a área plantada ‘no tarde’, juntamente com a safrinha, para silagem, com 70 mil hectares. As duas safras, tanto a do cedo quanto a da safrinha, foram bastante prejudicadas e vão gerar silagem com baixa qualidade, baixo rendimento e isso pode afetar a produtividade de leite. Em função da estiagem, as pastagens também estão bem debilitadas. Eu acredito que, além dos 35 mil hectares, muito das áreas que foram utilizadas, inicialmente, para grãos, vão acabar se tornando silagem na região”, explicou.

Toda essa situação, deve manter o preço da saca na faixa dos R$ 100. “A estiagem não atinge só nossa região, atinge todo o Sul do Brasil, o Mato Grosso, onde se produz bastante milho safrinha e as perdas tem sido significativas. Isso deve manter o preço estável, nos R$ 95, R$ 100. Vamos aguardar até onde vai as estiagens. Para maio, a previsão é de baixos índices de chuva e temos que torcer para não ocorrer geada até o início de junho. Temos muitas lavouras já com perda total, vamos quantificar numa avaliação da segunda quinzena de maio em diante para quantificar as perdas na região”, conclui.

 

Fonte: Portal Educadora

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