As chuvas dos últimos dias amenizaram a situação de baixa vazão de água nos rios que abastecem as cidades da região Sudoeste. De acordo com a Sanepar, a média de chuva na região foi de aproximadamente 50mm. Porém, o volume ainda não foi o suficiente para recuperar os mananciais de abastecimento que estão com redução de vazão em torno de 60%. As chuvas do início do ano até agora estão 50% abaixo da média. No Sudoeste, a Sanepar mantém sistema de rodízio em Santo Antônio do Sudoeste e Pranchita.

Ouvintes informaram que choveu 105 mm no final de semana na Linha Novo Horizonte, em Dois Vizinhos. De acordo Antoninho Fontanella, Chefe do Deral – Departamento de Economia Rural – de Francisco Beltrão, na estação meteorológica do Deral, choveu menos do que isso, mas o volume foi importante para a lavoura. “Nós tivemos nos primeiros 21 dias no mês de junho o registro de 88mm, mas nos últimos quatro ou cinco dias foram 63mm. Foram chuvas muito boas, na medida, que não escorreu a nível de lavoura. Uma chuva que o produtor espera nesse momento. Essas precipitações não vão resolver a questão das vazões de nascentes. Precisamos ter chuvas de 150 a 170mm durante no mínimo três meses para que se resolva essa questão e se alimente as propriedades com água as atividades”, disse.

As lavouras de inverno, semeadas recentemente, serão beneficiadas pelo volume de chuva dos últimos dias. “Para o plantio de aveia e trigo as chuvas foram interessantes porque as lavouras estavam praticamente todas semeadas e com isso vai se ter uma boa germinação, um bom desenvolvimento. Vamos ter um acompanhamento melhor para ver até onde vai se ter uma boa produtividade. Esperamos mais chuvas nos próximos meses porque só essa chuva não vai resolver”, destacou.

Na safrinha, no entanto, o prejuízo com a estiagem já é irreversível. “Eu acredito que não se resolve mais, já tivemos perdas acentuadas tanto no milho safrinha quanto no feijão. Isso nós devemos avaliar melhor para quantificar, agora com a chegada das chuvas, até onde foram as perdas na região. Em Dois Vizinhos, foi muito sério porque tínhamos uma área boa milho safrinha e feijão, e a gente sabe que os prejuízos foram muito grandes. Muitos produtores colheram o feijão com produtividade em torno de 10 a 15 sacas por hectare. O milho safrinha ainda vamos analisar porque têm muitos produtores que vão destinar o resto do milho safrinha para silagem, não só em Dois Vizinhos como os municípios ao redor, Verê, Nova Prata, Salto do Lontra e São Jorge. Estes municípios tiveram foram seriamente atingidos nessas lavouras”, explicou.

Para o trigo, de acordo com o chefe do Deral, a chuva veio na hora certa. “Veio num bom momento e esperamos que nos próximos meses a gente tenha chuva dentro da normalidade”.

A previsão dos meteorologistas não é boa. Há chances de poucas chuvas nos próximos meses. “Devemos ter em julho, agosto e setembro com problemas sérios de falta de precipitações. Esperamos que isso não se configure e que tenhamos uma boa safra de trigo”, disse.

ECONOMIA DE ÁGUA

A Sanepar mantém o alerta de economia de água pela população, orientando o uso prioritário para alimentação e higiene pessoal. As dicas são para reduzir o tempo de banho, manter a torneira fechada enquanto se escova os dentes e se faz a barba. Deve-se acumular roupa e louça para lavar de uma só vez. A lavagem da calçada, quintal, carro e rega de jardim deve ser feita com água reaproveitável e não potável.

Fonte: Portal Educadora