Em menos de um mês, seis pacientes recebem alta das UTIs do Pró-Vida

Hospital conta com equipe especializada.

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  • 29 de Junho de 2021
  • Foto: Assessoria (arquivo)

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Em menos de um mês desde a ativação dos leitos de UTI no Hospital Pró-Vida, seis pacientes receberam alta. Dois deles precisaram ser entubados e quatro não precisaram da entubação, mas ficaram nas UTIs.

O hospital está atendendo atualmente cinco pacientes através de respiração mecânica, um com traqueostomia e outros quatro estão entubados, além de três pacientes que não estão entubados, mas estão recebendo atendimento no Pró-Vida.

A instalação de quatro leitos aconteceu no dia 01º de junho e no dia 21 de junho foram ampliados em mais quatro, chegando a 8 Unidades de Terapia Intensiva.

No dia 07 de junho, aconteceu uma importante mudança no atendimento para pacientes com Covid com a inauguração do Hospital de Campanha na estrutura do Centro Integrado de Especialidades Microrregional (CIEM), que passou a atender os casos leves e moderados. Somente no caso de agravamento dos sintomas os pacientes são transferidos ao Hospital Pró-Vida, onde recebem atendimento do suporte médico especializado e, caso necessário, nas Unidades de Terapia Intensiva, coordenadas pelo médico doutor Gilberto Santos dos Santos.

O clínico geral e responsável técnico do hospital Dr. Rodrigo Sckayer, falou sobre o atendimento do Hospital Pró-Vida. “Com a abertura do Hospital de Campanha, conseguimos concentrar aqui os casos mais graves da Covid-19 e, com a abertura da UTI, temos uma capacidade muito maior do tratamento desses pacientes. Conseguimos, em pouco tempo, porque quando decidimos montar a UTI, em questão de dois meses conseguimos colocar para funcionar, então conseguimos montar a estrutura capaz de tratar os pacientes. Hoje aqui contamos até com o serviço de hemodiálise, porque alguns pacientes adquirem deficiência renal aguda, que é quando os rins param de funcionar em curto espaço de tempo. Hemodiálise é uma máquina que filtra o sangue, faz o papel dos rins e estão sendo bons os resultados”, explicou.

Rodrigo explicou que o hospital faz o possível para evitar a entubação. “A situação é muito crítica e é até bom falar isso para a população ter uma ideia diferente da UTI, muitos pensam que vem para o Hospital Pró-Vida, que vai para a UTI e vai ser entubado, mas não é assim que acontece. A gente tem todo o aparato para evitar a entubação, mas se for necessário em algum momento, ela vai ser realizada”, disse.

Uma equipe de profissionais especializados em terapia intensiva foi montada. “A equipe está sendo muito bem preparada, estou trazendo profissionais da cidade, alguns de fora, equipe de fisioterapia especializada em tratamento intensivo, que é muito importante, ajuda muito. Hoje, somos, basicamente, em seis médicos que atuam na UTI. Eu faço a rotina, trabalho todas as manhãs e temos os outros médicos que ajudam a fazer os plantões noturnos, que também vem aqui discutir os casos. Sempre discutimos os casos em equipe”, disse.

Dr. Rodrigo Sckayer explicou ainda que os pacientes que vão pra UTI exigem muito cuidado, até mesmo após receberem alta, devido as sequelas causadas pelo vírus. “Todo paciente Covid que vai para a UTI é um paciente potencialmente grave. Ou ele já é muito grave, ou potencialmente grave. São pacientes de difícil manejo, quando vão para a ventilação, são de difícil ventilação porque o acometimento pulmonar é sempre muito grande, então, o pulmão residual que o paciente tem, nem sempre é suficiente para suprir a demanda de troca de oxigênio que precisa para manter todas as funções. Já tivemos resultados positivos, já tivemos três pacientes com 90% do pulmão comprometido e mais de cinco pacientes com 80% do pulmão comprometido que tiveram alta, saíram daqui andando e estão em recuperação. É importante lembrar que os pacientes que tem alta precisam fazer o acompanhamento de fisioterapia respiratória, com pneumologista, cardiologista porque a doença acaba deixando sequelas pulmonares. Além disso, tem outras complicações que podem acontecer depois da alta, como a embolia pulmonar, pneumonia bacteriana, então, mesmo depois da alta, os pacientes graves, não conseguimos garantir que nada vai acontecer. É uma doença muito traiçoeira”, finalizou.

Fonte: Portal Educadora