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Comitiva do Sírio-Libanês visita o Hospital de Campanha

Equipe presta consultoria ao HC.

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  • 30 de Junho de 2021
  • Foto: Portal Educadora

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Durante a terça-feira, 29, a cardiologista Thereza Costa, que é membro do corpo clínico do Hospital Sírio-Libanês, de São Paulo (SP), e atua nas áreas de Tomografia Cardíaca e Ressonância de Coração dos hospitais da Rede Leforte e Nove de Julho, além de fazer parte da equipe da Dra. Ludhmila Abrahão Hajjar (Rede D’OR) e o fisioterapeuta Allysson Silva, da Rede D’OR, que já prestam consultoria para o Hospital de Campanha (HC) de Dois Vizinhos, visitaram as instalações. Eles foram recebidos pelo Dr. Júlio Dias, diretor do Hospital de Campanha, pela secretária de saúde Claudete Meurer e pelo prefeito Carlinhos Turatto (PP).

A estrutura completou 22 dias de funcionamento e já recebeu 68 pacientes, sendo que 59 receberam alta. “Nenhum foi para o tubo e tivemos apenas uma transferência, de um senhor, de 89 anos, que possuía diversas comorbidades para a UTI do Hospital Pró-Vida”, destacou Claudete. O prefeito Carlinhos Turatto (PP) agradeceu a visita. “É um dia especial que recebemos essa visita. Cada vida que vocês nos ajudarem a salvar, com certeza, vocês receberão as portas do céu cada vez mais abetas. Quase 70 pessoas passaram pelo HC, num trabalho fantástico com o auxilio de vocês, aliviando sofrimento e lágrimas nos olhos da nossa gente. Não posso deixar de citar o Pró-Vida, com todos os médicos e a equipe, que não tem medido esforços para salvar nosso povo. A vontade sempre é salvar todos”, elogiou o chefe do executivo.

Médicos elogiaram

A Dra. Thereza Costa elogiou a estrutura encontrada. “Muito me orgulha todo o trabalho que está sendo feito aqui. O Dr. Júlio se tornou um parceiro muito grande e uma ponte para costurarmos esse processo somando forças sempre. Sempre digo que precisamos de pessoas pró-ativas para tirar o Brasil dessa situação. Aqui, eu fico responsável pela equipe de telemedicina da Dra. Ludhmila Hajjar e passeamos em todo o Brasil, vemos muitas coisas e a pandemia veio para mostrar para que precisamos tratar dos doentes, não só da doença. O Dr. Julio tem essa visão humanizada e a gente conseguiu montar esse processo: ele aqui, nós em São Paulo através da telemedicina com uma ferramenta que veio para ajudar e tem trazido bons resultados”.

Ela destacou que os bons resultados são méritos de uma equipe bem capacitada. “Quando temos um time local alinhado, conseguimos bons resultados. Não adianta só médico, só enfermeira ou fisioterapeuta. É multidisciplinar. Todos precisam estar alinhados. O coronavírus é uma doença que, no Brasil e nos países menos desenvolvidos tem alta mortalidade, mas isso está muito relacionado não só a ação o vírus, mas pela falta, principalmente, de estrutura, de conhecimento da doença, do suporte, pois o paciente precisa de monitoramento e tem que ser precoce”, completou.

Ela falou sobre a estrutura. “Esses equipamentos que utilizamos na fisioterapia em várias doenças respiratórias são armas que, durante a pandemia, descobrimos fariam com que a gente conseguisse tirar o paciente do momento grave e evitar que fosse para o tubo. No início da pandemia, defendia-se que o entubamento precoce seria o ideal, protegendo aquele pulmão. Com o passar do tempo, vimos que o uso de ventilação não invasiva, o cateter de alto fluxo, os helmets, os capacetes que ajudam a evitar que o paciente vá para o tubo. No início ninguém queria fazer ventilação não invasiva, hoje, conseguimos fazer isso com o paciente em casa e isso mudou o curso da pandemia nos últimos meses e precisamos capacitar os profissionais. Não adianta, de uma hora pra outra, ter um monte de leitos de UTI se não tivermos capacitação. Então, é nesse sentido que a gente quer somar forças com pessoas compromissadas e, dessa forma, caminhar e ter resposta favorável”, completa.

Fonte: Jornal de Beltrão