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Fisioterapia é grande aliada no tratamento dos pacientes

Tecnologia utilizada em DV salvou milhões de vida na Europa.

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  • 30 de Junho de 2021
  • Foto: Portal Educadora

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O fisioterapeuta Allysson Silva, da Rede D’OR, coordena os trabalhos dos profissionais do ramo no Hospital de Campanha em Dois Vizinhos. Ele também veio conhecer a estrutura e falou sobre a importância dos fisioterapeutas no acompanhamento dos pacientes. “Nosso trabalho consiste no suporte ventilatório. A covid-19 se manifesta através de comprometimento pulmonar e isso gera dificuldade na respiração, fazendo uma avaliação de forma bem simples. Ela é uma doença inflamatória e melhora depois que vencemos a inflamação. Existe uma linha do tempo da doença e, nela, temos pessoas que se tornam mais debilitadas na parte respiratória e é aí que entramos com o nosso suporte ventilatório, que vai desde o oxigênio, até a entubação, que é o mais grave, a última alternativa”, explicou.

Ele falou sobre a evolução dos tratamentos que foi trazida pelos equipamentos. “O suporte não invasivo se tornou uma arma e até 70% dos casos de insuficiência respiratórias graves podem ser solucionados com isso. O uso do Bipap, CPap, cateter de alto fluxo, terapias combinadas entre alto fluxo e ventilação mecânica não invasiva. A gente pressuriza os pulmões, eles expandem melhor, conseguimos entregar até menos oxigênio, porque o oxigênio também tem efeito lesivo sobre o pulmão. Fomos concebidos para respirar 21% e quando você começa a dar 30%, 50%, 100% para o paciente, pode contribuir para inflamar o pulmão, piorando o paciente. Com esses aparelhos, conseguimos manejar a entrega de oxigênio e a ventilação pulmonar. O Hospital de Campanha tem a melhor tecnologia. Para você ter ideia, mais de 2 milhões de pessoas na Europa utilizaram esse mesmo recurso que está aqui. É tecnologia alemã, de ponta, feita e desenhada para se usar exaustivamente. Alguns aparelhos que estão aqui eu tenho acesso remoto e, de onde eu estou, consigo entender o que está acontecendo com o paciente em tempo real. Eu  me comunico com o colega e conseguimos discutir as ações”, acrescenta.  

Sem evolução para o tubo, o paciente tem mais chances de superar a doença. “O resultado se reflete em vidas salvas, diminuição e custos no tratamento e, se ele não vai para a ventilação mecânica, ele não usa sedação, usa antibiótico de menor espectro, menos oxigênio, não precisa ocupar o ventilador mecânico e outras vantagens. Você não entubar sempre é melhor, porque quando você entuba você tem mais variáveis para controlar e quando se tem menos variáveis na mão, o manejo é mais fácil”, conclui.

Fonte: Jornal de Beltrão