A investigação dos casos de variantes Delta registrados no Paraná entra nesta terça-feira (13) em seu quarto dia de atividades.

Na segunda, tiveram discussões técnicas do grupo que conta com participação do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde, do Ministério da Saúde, da secretaria estadual da Saúde e de vigilâncias epidemiológicas municipais.

O Paraná tem sete casos confirmados por sequenciamento genômico realizado pela Fundação Oswaldo Cruz, sendo em Apucarana (4), Rolândia, (1), Mandaguari (1) e Francisco Beltrão (1). Até o momento, não há transmissão comunitária.

O objetivo é investigar o estágio da transmissão no Estado e está dividida em duas frentes de trabalho: uma baseada em Londrina, que pesquisa os casos confirmados em Rolândia, Apucarana e Mandaguari; e outra em Francisco Beltrão.

Na última semana, Francisco Beltrão registrou o primeiro caso no Sudoeste da variante Delta do Coronavírus. O paciente trata-se de um homem de 60 anos de idade que teve os primeiros sintomas no dia 10 de junho e, de acordo com a Secretaria de Saúde, chegou a ficar internado por oito dias, onde necessitou de suporte ventilatório, mas ganhou alta no dia 18 de junho.

Os investigadores definiram a forma de abordagem para avaliar a circulação viral dessa cepa. Um questionário único será a principal ferramenta da pesquisa epidemiológica. O instrumento foi discutido pelos profissionais de saúde. Os dados coletados serão encaminhados para uma central que vai gerar as informações para avaliações e análises. Também houve entrevistas e há expectativa de divulgação de um relatório ainda nesta terça-feira (13).

“Consideramos fundamental a definição da situação da transmissão no Paraná para efeitos epidemiológicos e também para orientar as próximas ações de enfrentamento. Não é momento de pânico com essas variantes, mas de estudo, análise e preparação dos próximos passos”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

Os representantes dos quatro municípios que apresentam casos confirmados da variante Delta ressaltaram a importância do trabalho em conjunto. Mesmo com focos em três macrorregionais diferentes ainda não há confirmação de transmissão comunitária desta cepa.

Detectada inicialmente na Índia em outubro de 2020, a variante tem risco maior de infecções e reinfecções. Em maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a cepa como variante preocupante após o agravamento da pandemia na Índia e Reino Unido.

O secretário Beto Preto reforçou que a população de todo o Paraná deve manter as medidas preventivas. "Em todas as oportunidades de nos dirigirmos a população ressaltamos a necessidade de continuar seguindo as medidas preventivas de distanciamento social, uso de máscara e higienização frequente das mãos; estas medidas são essenciais para o controle da transmissão”, alertou o secretário.

Fonte: Portal Educadora com AEN