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  • 04 Ago 2021

  • Foto: Reprodução Facebook.

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Na segunda-feira (02), uma comitiva duovizinhense foi até Toledo para conhecer a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) daquele município. Participaram da visita técnica o presidente da Apac de Dois Vizinhos, Willian Benini, o diretor de patrimônio, Paulo Violato, o secretário de Planejamento, Nilton de Almeida e o engenheiro Juscelino Thomazi.

“Foi uma visita produtiva da qual pudemos observar que a estrutura é diferente de uma penitenciaria, de uma edificação do sistema convencional. Ela é adaptada para atender os métodos da Apac. Tanto é que existem espaços físicos para a implantação de boxes que empresas podem levar para o interior da Apac para o trabalho do recuperando, já que uma das bases do método Apac é o trabalho, que é essencial para recuperação dos apenados. É toda uma estrutura montada viabilizando o trabalhando e também o atendimento psicossocial. Existem vários programas que implementados porque aquele espaço físico propicia essa finalidade. Foi algo muito bom já que o município encampou a ideia e estará viabilizando mais recursos, através de emendas parlamentares, que serão destinados para a construção da Apac aqui em nosso município”, disse o presidente Willian Benini.

A ideia da Apac de Dois Vizinhos surgiu pelas juízas Divângela Précoma Moreira Kuligowski e Micheli Franzoni ainda no ano de 2018. No inicio de 2020, foi empossada a primeira diretoria da associação e desde então o presidente Willian Benini vem trabalhando para que a associação tenha um espaço adequado para os apenados. No ano passado, a Prefeitura cedeu à entidade o espaço que pertencia ao Sindicato dos Servidores Municipais (e o sindicato recebeu uma nova área no Parque de Exposições para sua sede social). Inicialmente, o prédio do Sindicato dos Servidores Municipais seria reformado e adaptado, mas o projeto mostrou-se custoso, por isso, a diretoria busca recursos para construção de um novo prédio no terreno cedido pelo Poder Público.

O método Apac é adotado em diversos Estados brasileiros. Na região Sudoeste várias visitas técnicas foram realizadas em Barracão que foi a primeira unidade do Paraná. O método é voltado para a valorização humana e busca, através da disciplina, do trabalho e da religião, tirar os apenados do crime. Não são todos que podem cumprir este tipo de pena, apenas aqueles que tiverem bom comportamento e serem autorizados pelo judiciário. Os apenados têm rotina entre 6h e 22h, estudam, trabalham e se profissionalizam. Os presos e seus familiares têm ainda acompanhamento psicológico e terapêutico.

De acordo com o gerente de Metodologia da Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados (FBAC), entidade que abriga as Apacs, Daniel Luiz da Silva, dos presos que passam pela Apac, 20% voltam a cometer crimes, enquanto que esse número no sistema penitenciário comum é de 87%.

Fonte: Portal Educadora

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