Você conhece as plantas alimentícias não convencionais?

Elas crescem espontaneamente nos nossos quintais e são bastante nutritivas.

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  • 03 de Setembro de 2021
  • Foto: Reprodução Facebook

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O mato de nosso quintal ou a erva daninha, que destoa de um jardim bem cuidado, podem ser o nutriente que você precisa. Essas plantas que crescem espontaneamente são conhecidas também como PANC - sigla para Plantas Alimentícias Não Convencionais. Essas espécies são tão ou até mais nutritivas que as convencionais, mas com algumas vantagens: são adaptadas ao clima, têm elevada eficiência na absorção de nutrientes, baixa necessidade hídrica e baixa exigência de solo, o que diminui o custo de produção.

O consumo é amparado por uma série de pesquisas científicas que indicam não só a segurança do uso, mas também suas propriedades nutricionais. Antes de levá-las para a cozinha, no entanto, é preciso saber identificá-las, conhecer as partes comestíveis e a forma de preparo indicada para o consumo.

Algumas só podem ser consumidas após o cozimento, outras podem virar tortas, bolos e até patê. Da bananeira, por exemplo se faz de tudo, inclusive combustível. A coordenadora do curso de Ciências Biológicas da UTFPR de Dois Vizinhos, Daniela Aparecida Estevan, explica que é muito importante a identificação correta. “Eu acho difícil uma pessoa ir a óbito por comer uma planta, mas para evitar qualquer chance de reação alérgica, é importante a correta identificação da planta”.

Ela destaca que hoje existem aplicativos que nos permitem identificar muitas espécies. “São cerca de 300 mil as angiospermas, que são essas plantas com flores e frutos, e cerca de 30 mil dessas podem ser consumidas. Mas a população só consome em média 12 espécies”, completa. 

A cientista biológica da UTFPR, professora Daniela Lima, recomenda uma série de receitas com “o mato nutritivo das PANC”. “Elas são muito úteis e podem ser adicionadas em nossa alimentação com tranquilidade”. Segundo ela qualquer receita pode receber um complemento com ora-pro-nóbis ou peixinho, quem sabe até a azedinha ou dente de leão. Ainda é possível agregar a salada com chicória do campo, taioba, peixinho, hibisco e begônia. “Até as plantas suculentas são saudáveis e muito nutritivas. Como são todas naturais e exigem pouca água, podem ser mais fácies de cultivar e são livres de agrotóxicos”, conclui.

Você pode acompanhar a entrevista completa no Programa Sete e Meia de quinta-feira, 2, clicando no player abaixo.

Fonte: Portal Educadora