A Associação Brasileira de Psiquiatria promove em parceria com o Conselho Federal de Medicina a Campanha Setembro Amarelo. O tema deste ano é “AGIR SALVA VIDAS” para evitar casos de suicídio. Dados da Organização Mundial da Saúde estimam que a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio no mundo. Quando se refere a tentativas contra a própria vida, dados apontam que a cada 3 segundos em nosso planeta, alguém não teve êxito nessa tentativa. Em termos numéricos, calculasse que em torno de 1 milhão de casos de morte por suicídios são registrados anualmente em todo o mundo. No Brasil os casos passam de 13 mil por ano, podendo ser até mais em decorrência das subnotificações.

O médico psiquiatra de Dois Vizinhos, Dr Nelson Elias Aiex, um dos fundadores do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) comentou sobre as mortes por suicídio não constarem nos Boletins de Ocorrência da polícia, não serem citadas em cultos de corpo presente e nem mesmo nas notas de falecimento com a intenção de não encorajar audiência com intenções parecidas. De acordo com o psiquiatra, este assunto não pode mais ser camuflado. “Noticiar um ato de suicídio pode ser benéfico se houver também esclarecimento. Ser uma oportunidade de mostrar que há soluções, existe reabilitação e muitos profissionais disponíveis para que essa pessoa receba os cuidados importantes de resgate emocional”, destacou.

O médico psiquiatra Dr Nelson Elias Aiex explica que “os sinais mais evidentes são as mudanças de comportamento repentinas, tristeza, desmotivação e baixo rendimento escolar ou profissional são sinais de alerta”. Os motivos de suicídio estão relacionados à depressão, problemas amorosos ou afetivos, uso de álcool ou outras drogas, bullying, diagnóstico de doenças severas e também traumas emocionais.

Dr Nelson Elias Aiex detalhou ainda que, na mente de uma pessoa que pensa em tirar a sua própria vida, “ela nunca tem a intenção de morrer, mas sim de parar um sofrimento. A pessoa chega à conclusão que só vai parar de sofrer se tirar a própria vida. Ainda acontece de ela não acreditar que haja outra solução”, explica.

Qualquer cidadão pode procurar ajuda na unidade básica de saúde mais próxima ou nos CAPS - Centro de Atenção Psicossocial. Informações no telefone 046 3581-5734. Ainda há o CVV - Centro de Valorização da Vida com o número 188, que funciona 24 horas por dia em todo o território nacional.

Fonte: Portal Educadora