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JULIO VENDRAMINI

Cooperativas de crédito surgem como principal solução para a recuperação econômica do País

Segundo Mauri Alex de Barros Pimentel, professor do ISAE/FGV, as cooperativas financeiras já representam 10,74% do estoque de empréstimos e financiamentos do Brasil.

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  • 06 de Outubro de 2021
  • Foto: Assessoria

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As cooperativas de crédito vêm se apresentando, principalmente em tempos difíceis como o que vivemos hoje, como uma das principais alternativas para micro e pequenos empresários driblarem a crise e alavancarem seus negócios. Na contramão do mercado, enquanto bancos tradicionais fecham unidades para ajustar suas estruturas de custo à competição com players digitais, as cooperativas vêm aumentando sua capilaridade, apostando no relacionamento como principal diferencial competitivo.

Segundo Mauri Alex de Barros Pimentel, professor do ISAE/FGV, as cooperativas financeiras já representam 10,74% do estoque de empréstimos e financiamentos no Brasil, com mais de 13,5 milhões de cooperados sendo atendidos por mais de 7,5 mil agências, figurando hoje entre as cinco maiores redes de atendimento do país. “As cooperativas financeiras lideram a concessão de crédito para micro e pequenas empresas quando comparadas com os bancos tradicionais durante a pandemia”, afirma o especialista.

Dados de estudo recente realizado pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas mostram que a taxa de sucesso na concessão de créditos solicitados nas cooperativas neste período são de 31% contra apenas 12% em bancos privados e 9% em bancos públicos. Entretanto, o mesmo estudo mostra que as cooperativas ainda vêm sendo pouco demandadas, cerca de 10% das solicitações contra 63% da demanda em bancos públicos e 57% em bancos privados.

“Estes dados mostram o quanto o cooperativismo financeiro vem se fortalecendo ao longo dos últimos anos, bem como a sua eficiência quando comparado ao sistema financeiro tradicional, em especial para micro e pequenas empresas”, aponta Pimentel. “A proximidade com o cooperado, a qualidade no atendimento, a redução na burocracia para a concessão de crédito e as taxas mais justas representam alguns dos principais diferenciais deste modelo”, complementa.

O professor do ISAE/FGV explica que, atualmente, o único entrave está no desconhecimento da solução por parte da grande massa de empreendedores brasileiros. Contudo, isso está prestes a mudar. “Na medida em que mais e mais empresários acessarem as plataformas financeiras cooperativas disponíveis, eles poderão experimentar os significativos diferenciais disponibilizados e, de quebra, contribuir para o desenvolvimento local, uma vez que o resultado gerado pelas cooperativas retorna para a comunidade cooperada, aquecendo a economia e promovendo um ciclo virtuoso de recuperação econômica mais acelerada”, finaliza Mauri Alex de Barros Pimentel.

Fonte: Assessoria