Software será utilizado para gerenciar a fazenda escola da universidade.
Foto: Portal Educadora
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Na manhã de quinta-feira, 29, o diretor-geral da UTFPR, Everton Lozano, juntamente com o diretor de relações empresariais e comunitárias (Direc), Vicente de Paulo Macedo e o coordenador da estação experimental, Laércio Ricardo Sartor, assinou termo de cooperação com a startup Azagros, que é coordenada pelos jovens Eduardo da Silva e Felipe Orlando Nonemacher. A empresa de tecnologia está em processo de aceleração na Kepha, também em Dois Vizinhos, que auxiliou na costura da parceria entre as partes.
Marcos Nonemacher, CEO da Kepha e mentor da Azagros, destacou a importância do acordo. “Hoje firmamos essa cooperação técnica com a UTFPR que visa disponibilizar, de forma gratuita, para a instituição de ensino, a implantação do software para fazer a gestão técnica e experimentos da fazenda modelo da UTFPR. Ainda vamos disponibilizar a plataforma para os professores utilizarem como ferramenta de apoio para ministrar as suas aulas”, explicou Marcos.
Laércio Sartor exaltou a parceria. “Temos um campus diferenciado, com uma fazenda experimental que desenvolve ensino, pesquisa e extensão. Dentro disso, temos uma necessidade de buscar alternativas para gerenciar todos esses processos. Atrelado a esse processo de gerenciamento das unidades envolvidas em pesquisa, temos uma opção, junto dessa parceria, de também difundir a ideia do digital no meio agrário. Como temos cursos voltados para as ciências agrárias e o agro tende a buscar uma digitalização da gestão com uso de dados, de informações, vemos como uma oportunidade essa parceria, tanto do ponto de vista de gestão da fazenda experimental, além dos serviços, recomendações, monitoramento de trabalhos que são feitos, mas também do ponto de vista de ensinar para difundir a ideia do digital ao acadêmico, treinando-o para que não ele saia já ligado a essa lógica do digital. A transformação é muito rápida na agricultura e é isso que buscamos entregar na universidade”, disse.
A Azagros
Presente em oito Estados, a Azagros já tem mais de 2 mil talhões cadastrados, 75 mil hectares monitorados e 1 milhão de tonelada de alimentos rastreados. A empresa tem parcerias com a multinacional Gebana, que trabalha com alinha de orgânicos, a Insuagro e com a Cresol, dando apoio para monitorar cerca de 1,5 mil propriedades vinculadas a cooperativa. “Somos uma ferramenta onde as agro revendas, cooperativas, as organizações ligadas ao agronegócio apoiam e monitoram as propriedades rurais. Oferecemos desde o mapeamento dos talhões, mapas de satélite de imagens de índice de vegetação, o acompanhamento, desde a plantação, o histórico do que foi plantado naquele talhão, a vida do que aconteceu na propriedade. Monitoramos também situações climáticas, os insumos e sementes aplicados, para que, tanto o produtor, quanto a agro revenda ou a cooperativa, possam ter essas informações para melhor tomada de decisão, melhorar produtividade e resultado do produtor de maneira geral. Hoje também a Azagros monitora todo esse processo de orgânico, facilitando a certificação”, conclui Marcos.
Modelo
A fazenda experimental da UTFPR vem se consolidando, cada vez mais, como modelo. “Queremos que nossa fazenda siga como exemplo de gestão e modelo técnico para que o produtor possa ver, lá dentro, diferentes experiências, situações de campo que possam ser aplicadas. A fazenda conta com inúmeras possibilidades ali dentro porque temos unidades de ensino de pesquisa que vão desde a produção e grãos, até a parte animal, vegetal, viveiros, fruticultura, ou seja, sendo diversas propriedades rurais dentro de uma única fazenda. Dentro disso, precisamos de ferramentas que nos tornem eficientes em gerir tudo isso, porque é recurso público e precisamos dar esse retorno para a sociedade e precisamos fazer essa transferência para o nosso acadêmico e vamos conseguir com essa lógica atender essa perspectiva”, explica Laércio.
Outras parcerias
A UTFPR tem outros termos de cooperação já em andamento. “Já temos experiência de três anos em contato com empresas do ramo do agronegócio fazendo parcerias, pois hoje desenvolvemos ou trazemos tecnologias que estão sendo lançadas no mercado para a universidade e isso é interessante. Tudo é feito dentro da lei e o fruto está sendo colhido agora, pois estamos vendo alunos mais próximos da realidade de campo e também conseguimos trazer os problemas do campo para dentro da instituição. Não mexemos com recursos financeiros, apenas com produtos, facilitando um processo que, às vezes, é difícil comprar fertilizantes ou moléculas específicas para determinados trabalhos. No convênio, fazemos o ajuste de forma rápida, simples e dando um retorno muito mais significativo porque não atrasa plantio ou tratamento e esse vínculo temos conseguido num modelo de gestão que a gente quer na instituição”, conclui Laércio.
Fonte: Portal Educadora