A programação foi extensa, com três celebrações durante o dia, além do tríduo que começou na quinta-feira, 18.
Foto: Marcos Witeck/Jornal de Beltrão
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Neste final de semana, foi realizada a 31ª edição da Romaria de Nossa Senhora da Saúde, no monte calvário, em Cruzeiro do Iguaçu. Devotos de todo Paraná participaram das celebrações que iniciaram na quinta-feira, 18, com o tríduo. Neste ano, pela primeira vez, em virtude da pandemia, não aconteceu a tradicional procissão da igreja matriz Nossa Senhora de Fátima até o santuário.
No domingo, 21, às 7h, foi realizada a santa missa de acolhida dos romeiros com o Pe. Leomar Antônio Montanha, de Maringá. Ele ficou surpreso com a grande presença de romeiros na celebração. “Estou muito feliz, encantado. Acho que vou levar uma riqueza grande daqui por ter presenciado a manifestação de fé. Esse local, aqui no alto, é um ícone da cidade. É um lugar místico, maravilhoso. Que vocês continuem zelando por esse espaço. Estou encantado. É um local ao lado da natureza e não dá para contar a beleza que as pessoas vão levar dentro de si e tenho certeza que virão muitos frutos para o reino de Deus”, elogiou o padre.
Ainda no domingo, às 8h30, foi realizado o terço meditado, seguida da santa missa solene às 10h, concelebrada pelos padres Geraldo Macagnan e Claiton Boschi, enquanto, às 15h, aconteceu a santa missa de envio dos romeiros celebrada pelo Pe. Claiton Boschi. “Trabalhamos o tema ‘Defensora da vida’ que é o que o que nos dá indicação de todo esse caminho que Deus nos dá a viver. Portanto, a vida é dom de Deus e quem cuida a vida está plenamente na ação do Espírito Santo. A vida precisa do perdão, reconciliação, paz e a saúde, que Nossa Senhora nos contempla, é a saúde que vem do seu filho Jesus, o rei do universo”, resumiu o Pe. Claiton.
O Pe. Geraldo Macagnan, que é natural de Cruzeiro do Iguaçu, também enfatizou a importância da romaria e a beleza do santuário. “Vejamos que o santuário é sempre o lugar do encontro com Deus. Este monte, desde os tempos daqueles que o fundaram, se tornou um lugar para que as pessoas que aqui passem se encontrem a partir da fé, da sua devoção, do seu encontro com Deus. Nesta romaria está acontecendo da mesma forma. Maria, mãe de Jesus, nos leva a Deus, ela é caminho, nos leva ao centro da nossa fé que é Jesus Cristo. Por isso, hoje, quando celebramos essa romaria, e de modo especial nesses tempos Nossa Senhora da Saúde, nós percebemos e reencontramos o sentido verdadeiro”, disse.
Ele lembrou como iniciou a devoção por Nossa Senhora da Saúde. “Desde os tempos antigos, lá final dos anos 1500, quando Portugal passava também por uma pandemia e o povo foi construir valas para enterrar aqueles que eram mortos, eles encontraram uma imagem e fizeram uma procissão com ela. De repente, quando chegaram, a pandemia desapareceu. Vejamos, alguns dados se aproximam e é por isso que devemos estar aqui. Vemos os resultados dessa pandemia no Brasil e no mundo, quantas vidas ceifadas, quantas famílias desajustadas, quantas pessoas perderam o sentido da existência por perder familiares ou amigos. Hoje, temos uma oportunidade de chegarmos a esse santuário, sob o título de Nossa Senhora da Saúde, colocar nossos rogos, fazer os pedidos e, ao mesmo tempo, agradecer por estarmos conseguindo superar, lentamente, essa pandemia. É Maria que nos ajuda, que nos leva a rezar e só um coração que sabe agradecer se coloca nessa dimensão de rezar, agradecer pelo o que nos é dado, portanto, essa santuário hoje é momento do encontro com Deus através de Maria de todos os fieis que aqui passam”, conclui.
Fonte: Portal Educadora com colaboração de Marcos Witeck