Como vai jogar o Galo de Fininho?

Novo treinador da equipe duovizinhense concedeu entrevista para as Rádios Educadora e Vizi na manhã de quinta-feira, 16.

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  • 16 de Dezembro de 2021
  • Foto: Portal Educadora

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O novo treinador do Galo Futsal, Fininho, esteve nas Rádios Educadora AM e Vizi FM na manhã desta quinta-feira, 16, para falar sobre a expectativa para a temporada de 2022. Na ocasião, o repórter Wellington Basso indagou o treinador sobre a carreira, a negociação com o Galo, o elenco para a próxima temporada e como a sua equipe vai jogar. Confira:

Educadora – Como foi a negociação para você assumir o Galo?

Fininho - A gente sabe da estrutura, das pessoas envolvidas, seriedade do trabalho e isso sempre me chamou muito atenção. No meio do ano, quando o Fabinho saiu, eu fiquei sabendo que meu nome estava sendo sondado, fiquei feliz, contente e nada acontece por acaso. Tudo é trabalho. Sempre sonhamos em chegar em voos mais altos, a uma grande equipe e uma boa estrutura e não foi diferente. Fiquei feliz, surpreso quando o Diomar me chamou para vir para o Galo, a motivação é grande porque nós que estamos no meio sabemos a força que o Galo tem nos últimos anos, chega sempre, foi campeão da copa do brasil e esperamos poder trabalhar e fazer história.

Educadora – Fala um pouco da sua história como atleta?

Fininho - Eu sou de João pessoa (PB), casado com Paranaense. Sai de João Pessoa em 1990, fui para Recife (PE) e não parei mais. Passei pelo Sumov, Inpacel, Enxuta, Carlos Barbosa, Vasco da Gama, São Paulo, Nacional de Minas, Vento em Popa da Bahia e, por onde passei, consegui ser campeão como atleta. Em 1992, de 19 pra 20 anos, fui campeão do mundo. Toda criança sonha em ser jogador e meu sonho não era diferente, mas jamais imaginava que um garoto da Paraíba ia chegar tão longe. Eu tenho duas Fifa nas costas pela seleção, mais uma com o Carlos Barbosa e é gratificante chegar tão longe e, sou bem sincero, nunca me preocupei em nome, em status, sempre procurei ser profissional. Tenho que agradecer meu pai pelos conselhos que ele me deu. Eu sabia que o dinheiro ia vir, mas o mais importante era entrar em quadra para fazer o que eu sabia fazer, dar alegria para quem estava assistindo e retorno para quem me contratava. Minha escola é de profissionalismo, dedicação, atleta tem que ter conduta, não é parque de diversão, temos que ser o mais profissional possível e aqui não vai ser diferente, trabalhar bastante para levar o Galo ao lugar mais alto.

Educadora – O futsal mudou bastante desde que você jogava...

Fininho - O futsal evoluiu em alguns aspectos, a regra mudou, mas eu peguei todas as fases, inclusive, essa atual. Sempre foi tranquilo jogar, para mim. O que mudou é foi a vitrine. Hoje você está ao vivo em todo o momento.

Educadora – Como que você se tornou treinador?

Fininho - A transição para técnico foi normal, tranquila. Eu gosto de estar ali. Eu gosto do dia a dia. Tenho algum conhecimento e o mais importante é levar os atletas a ter ambição boa, evoluir e saber a entidade que estão representando, vender o produto que é o dia do jogo. Eu fui jogar a Taça Brasil ainda como atleta na Bahia. Fui eu e outros craques, o Lavoisier, o Índio, para dar um up no marketing da cidade. O Falcão foi para abertura também e disputamos a Taça Brasil. No fim do ano, o presidente queria que eu jogasse e treinasse. Eu já estava para parar, iniciei como treinador e ganhamos alguns títulos, um trabalho profissional, atletas com muita estrutura, pena que acabou. Em 2016 voltei para o Paraná, fui a Capinzal (SC) em 2017, dois anos no projeto, passei por Piratuba (SC) e no ano passado fui para Uruguaiana (RS), a pandemia veio, parou tudo e neste ano estava no Toledo Futsal e agora estou no Galo Dois Vizinhos.

Educadora – O que você pode falar sobre o elenco para o próximo ano?

Fininho - As novidades só amanhã. Eu já sei, o Diomar (Ruaro) me passou o elenco, temos nomes legais. A maioria quem trouxe foi o Diomar, tirando os que ficaram, que renovaram porque vinham bem, pegamos uma base de qualidade e os demais foi em conversa. Teve um atleta que eu pedi também que é muito bom e pode ser que pinte mais um ou outro. Temos os nomes que queríamos, já conseguimos, mas pode ser que pinte mais algum. Estou muito feliz, contente com o elenco. Eu só vou tentar sugar o máximo deles. Eu peguei vários treinadores na carreira, bons treinadores e filtrei o que eles falaram porque tinha coisas que eu achava que não era necessário. Treinador muda jogador. Tem que saber lidar com atleta. Eu sugo muito o atleta, eu tenho paciência, mostro, repito, sou chato no que faço e falo para eles aproveitarem o que eu estou falando. Depois que eu parar de falar tem que se preocupar. Para evoluir tem que sempre ser cobrado, né? Eu já vi muita coisa, mas uma coisa que sempre carreguei comigo é o respeito ao máximo. Por que? Dentro das quatro linhas ninguém joga sozinho. Eu não gosto do fulano ou ciclano, não vou cobrar por isso ou aquilo, não é assim. Dentro das quatro linhas não é pra fazer amizade, quando entrar, esquece tudo, pensa que ali é o teu ganha pão. Quantas pessoas dependem de você? Eu sempre fui cobrado, dentro de quadra, claro que no bom sentido, sem trairagem. Sempre fui muito correto, transparente, se tiver que falar eu falo na frente. O atleta tem que estar pronto para exercer a sua função. Vi de tudo um pouco, mas eu gosto do que faço. Preciso, mas gosto do que faço. Quando tiver que passar a mão, a gente passa, mas também cobra bastante.

Educadora – Como é o estilo do Fininho treinador, gosta de time que ataca mais, que defende?

Fininho - O futsal é propício o jogo de 1x1. Eu adorava isso aí. O time, eu falo assim, eu quero que jogue dessa forma. Bola na mão do goleiro, é dessa forma. Lateral defensivo, dessa forma. Depois disso, é com eles. Eu dou liberdade total para o atleta, tem qualidade, faça. Se divirta, seja feliz, meta a bola na casinha. Claro, com responsabilidade. Não gosto de estar queimando goleiro toda hora, calma, vamos jogar. Eu gostava do 1x1 o tempo todo, isso é futsal. Pela qualidade que temos dos jogadores que vão vir é só organizar. Gosto de bola parada, tem que ter, mas todos que entrar tem que saber pra onde correr. É um jogo coletivo, ninguém joga sozinho. Os caras precisam saber disso.

Educadora – Gostaria que deixasse um recado para o torcedor?

Fininho - Esperem uma equipe aguerrida dentro de quadra, podem ter certeza que os atletas vão dar o sangue para buscarmos nossos objetivos. Viemos aqui para fazer história e podem acreditar que não vai faltar trabalho.

Fonte: Portal Educadora