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BRF é cega, surda e muda, diz Valdir Pagnoncelli

Corporativismo da BRF prejudica dialogo com a comunidade em Dois Vizinhos

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  • 28 de Dezembro de 2021
  • Foto: Assessoria

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O programa Sete e Meia desta terça-feira (28) foi uma retrospectiva com os principais fatos jornalísticos do ano de 2021. Durante o programa, o jornalista Valdir Luiz Pagnoncelli, proprietário das rádios Educadora e Vizi FM, criticou a falta de comunicação da empresa BRF com a comunidade de Dois Vizinhos.

Para pronunciar-se sobre qualquer tema, até mesmo uma questão simples como o número de funcionários que possuí, a empresa comunica-se por nota. “Um assunto que eu tenho atravessado já há anos é sobre a BRF ou se quiser falar Moinho da Lapa, Moinho Rezende, que foi Sadia, One Foods, agora é BRF e logo será BRF/Marfrig. Olha só que mudança. E nós, fizemos 60 anos do município e nos discursos enaltecemos que somos a Capital Nacional do Frango, sobre nossa força, nossa potência e ninguém de nós, nem o prefeito, conseguiu ter o número de colaboradores que a BRF tem em Dois Vizinhos. Eu continuei a busca. Consegui, por fim, obter que eles, em Dois Vizinhos, têm 2.914 empregos diretos, mas essa corporação nem sabia onde fica Dois Vizinhos, nem sabia se tinha rádio aqui, não sabia nada. Ela está presente em 117 países do mundo, que tem 190 países e algumas regiões geográficas, então, está no mundo inteiro. Eles são 100 mil empregados, nós somos 3 mil então tem mais 97 mil empregos fora e eles não dão muita bola pra gente. São 10 mil integrados e aqui são 530 integrados em 22 municípios”, explicou Valdir.

Valdir destacou que nos últimos anos a avicultura perdeu espaço na mídia após o falecimento do porta-voz do setor, Amarildo Brustolin. “Temos que, aos poucos, entender o que é corporativo. É uma organização corpórea, comercial, muito grande, que ninguém sabe de nada. Por isso tenho dito que quando a empresa fica grande demais ela fica surda, cega, muda e, para nós do interior aqui, fica burra. Não é possível. Nós moramos no interior, queremos saber das coisas, não por maldade ou por competir, mas porque é o mundo que nos envolve. Para nós que nos acostumamos por 43 anos ter o informativo Sadia e por mais de 20 anos ter aqui em Dois Vizinhos o informativo da Coavisul, o falecido Amarildo Brustolin, que Deus o tenha, era um ícone da comunicação no sistema de integração. Agora tudo morreu. Não sabemos de nada mais, está tudo no muro, intramuros e não se sabe o preço mais de nada”, criticou.

Fonte: Portal Educadora