A partir de agora, a utilização de inseticidas em equipamento acoplado a veículo, o chamado fumacê, como estratégia de combate à dengue nos municípios do Paraná só será permitida mediante autorização prévia da Secretaria de Estado da Saúde.

A norma consta em resolução, editada pela secretaria para garantir o uso criterioso desse recurso, que é considerado uma medida extrema e complementar às ações de bloqueio, como eliminação de criadouros, mobilização da população, limpeza pública e saneamento urbano.

De acordo com a resolução, ao receber solicitações de uso do fumacê a secretaria analisará os aspectos históricos de casos e a freqüência de infestação anual.

Nos casos em que for autorizada a utilização de inseticidas, os municípios deverão divulgar previamente, em meios de comunicação, os locais onde a operação será realizada.

Nos dias de aplicação, os locais deverão ser sinalizados e a operação será supervisionada pela Secretaria da Saúde. Os casos de descumprimento da resolução serão notificados ao Ministério Público Estadual, assim como todas as solicitações para utilização do fumacê, autorizadas ou negadas.

A coordenadora do Programa Estadual de Controle da Dengue, Jaqueline Finau, explicou que a mudança foi necessário devido a alguns abusos que estavam acontecendo.

Ela lembra ainda, que o excesso de inseticidas pode causar intoxicações, resistência e danos ao ambiente a curto, médio e longo prazos.

Assinada pelo secretário Michele Caputo Neto, a resolução que normatiza o uso racional destes produtos foi encaminhada aos responsáveis pelo Programa de Controle da Dengue nas Regionais de Saúde e municípios, além de estar disponível para consulta na página da Secretaria da Saúde na internet o www.sesa.pr.gov.br

O documento contém anexos de preenchimento obrigatório pelos municípios que julgarem necessário solicitar autorização para realização de fumacê.

No informe técnico divulgado na quarta-feira, foram confirmados 243 casos de dengue no Estado de agosto de 2011 a janeiro de 2012. Neste período foram notificados 11.496 casos, dos quais 6.908 casos já foram descartados. Os outros casos permanecem em investigação.