Policiais e Bombeiros Militares terão nova manifestação dia 29 de janeiro

A pedida é reposição salarial e regulamentação da carga horária para as duas classes.

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  • 20 de Janeiro de 2022
  • Foto: Portal Educadora

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No próximo dia 29 de janeiro, em Francisco Beltrão, Policiais e Bombeiros Militares vão fazer nova manifestação pedindo, ao Governo do Estado, reposição salarial e regulamentação da carga horária. Os atos acontecem em 17 cidades. De acordo com a advogada de causas militares Kelly Cristina Borghezan, que é conveniada da Associação da Vila Militar e da Associação dos Policiais Militares do Sudoeste do Paraná, que se tornou porta-voz das categorias, os profissionais estão trabalhando mais de 79h por semana e as perdas salariais já chegam a 35% em cinco anos sem reposição. Os profissionais também não recebem horas extras, insalubridade ou adicional noturno. “As manifestações são realizadas por Policiais e Bombeiros Militares ativos e inativos. Os direitos reivindicados vão abranger todos no que diz respeito à reposição salarial, a data-base, que se deseja uma reposição inflacionária. A questão da carga horária somente diz respeito a quem está na ativa. A gente está indo em busca daquilo que não depende de voto da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), numa decisão governamental, o cumprimento da lei por parte do Governo do Estado”, disse.

Ela pediu apoio da sociedade para as categorias. “Queremos que a sociedade civil apoie a classe, que se manifestem em redes sociais, gravem vídeos e se coloquem à disposição deles nesse momento. Apoiem, deem publicamente a sua concordância com o movimento porque o cumprimento da lei pode ser feito a qualquer momento pelo governador, independente de ano político”, completa a advogada. O reajuste salarial anunciado para 2022 é de 3%. “Hoje temos PM’s com família que tiram cerca de R$ 1,3 mil por mês e aí como vai sustentar? Esse aumento de 3% não paga um botijão de gás”,  explica.

Essas duas categorias não podem fazer greves, não podem se sindicalizar, se manifestar, questionar os comandantes gerais ou governador do Estado. “Se fizerem isso, eles cometem crime militar. Não vai haver paralisação porque eles sabem que não podem deixar a sociedade desassistida em socorro e segurança. O Governo do Estado tratou as manifestações como movimentos sindicais, sem saber que militares, de modo geral, não podem se sindicalizar. Quando fala sobre isso, já desconhece de militares. Aí ele tentou dizer que o pessoal da ativa tem direito a uma ajuda de custo de R$ 600 como vale alimentação e seriam priorizados em detrimento dos aposentados. Temos militares que trabalharam 25, 30 anos na PM e que hoje estão tendo que trabalhar porque não conseguem garantir o sustento da família com a aposentadoria. Sem contar que os militares, quando iam para a reserva, não precisavam pagar o fundo militar e em março de 2020 iniciou o desconto de 11%”, conclui.

Fonte: Portal Educadora