O prefeito Carlinhos Turatto (PP) convocou representantes da sociedade, secretários e vereadores para uma reunião na tarde de terça-feira, 8, no gabinete. Na ocasião, ele falou sobre as reposições salariais propostas aos servidores públicos e professores municipais.

O município ofereceu reajuste de 17,02% já a partir da próxima folha de pagamento sendo que o Sindicato dos Servidores Municipais aceitou, enquanto os Sindicato dos Professores Municipais ainda pleiteia um reajuste de 33,24%, índice dado pelo Governo Federal para o salário base dos professores do magistério - o piso passou de R$ 2.886 para R$ 3.845 (numa carga horária de 40 horas). “Março é a data base para negociar os reajustes de salários. Temos dois sindicatos: o dos servidores e o dos professores. Resolvemos com os servidores em uma reunião, mas com o magistério já foram várias reuniões e não conseguimos ainda fechar o reajuste. A maioria dos municípios está dando a inflação, sem ganho real ou aumento. Nossa proposta é 17,02% que é a inflação do ano, além dos 5,02% dados no ano passado que foram bloqueados em virtude da pandemia. Isso dá um ganho real porque a lei não deixava conceder antes. Temos municípios que vão dar aumento, mas são defasagens que serão repostas”, disse Vilmar Possato Duarte, secretário de administração e finanças.  

Ele destacou que qualquer reajuste superior a esse traria problemas ao município. “Atualmente gastamos 44% da receita com a folha e o limite tolerável pelo Tribunal de Contas é 48%. Com a reposição, vamos chegar em 49,3% e, se atender os 33% que os professores pedem, vai para 54% do orçamento com a folha e isso suspende todos os repasses conseguidos pela administração, comprometendo obras”, completou. O secretário explicou ainda que de todo o valor enviado pelo Governo Federal através do Fundeb, 70% deve ser utilizado para salários, entretanto, em Dois Vizinhos, 92,34% do fundo vai para o pagamento dos salários.

“Gostaria de dar 50% de aumento”, diz Carlinhos

O prefeito Carlinhos Turatto (PP) comentou que, se pudesse, daria um aumento mais volumoso aos professores. “A gente ofereceu o INPC, que é a inflação oficial, um ganho real e os 5,02% que tínhamos dado o ano passado e, por força de lei, tocamos de tirar. Os professores entendem que os 33% que o Bolsonaro deu de reajuste é para todos, mas não é assim. Esse reajuste é para o piso que, para 20 horas, fica R$ 1,9 mil e 40 horas fica R$ 3,8 mil. Para quem já é professor, tem um salário melhor, merecidamente, não cabe isso. O município não suporta. Estamos propondo dar 17,02%, mas gostaria de dar 33%, 50%, porque a educação é a base de tudo, mas com esse reajuste proposto, a gente já vai chegar a 49,02% da receita com a folha e eu não posso comprometer mais que isso”, disse.

Melhorias

Ele ainda fez um apanhado da estrutura da educação no município. “Temos 23 escolas, sendo 14 delas do ensino fundamental e nove creches. Conseguimos, num esforço dos nossos deputados, principalmente do Vermelho (PSD) e do deputado estadual Paulo Litro (PSDB), chegar a um momento e estamos investindo, agora, quase R$ 7 milhões para melhorar nossas estruturas educacionais. Essas obras estão em andamento e abrangem toda a rede. Implantamos material do Positivo e, desde a semana passada, passamos a ter ensino integral nas escolas. Com nossa força política, apoio da câmara de vereadores que não mediu esforços para buscar recursos, vamos chegar a ter cerca de R$ 100 milhões de investimentos no município em 2022. Temos que ter muito cuidado e eu preciso que a comunidade esteja de mãos dadas e participe das ações”, conclui.

Fonte: Portal Educadora