De acordo com a entidade, existem atualmente cerca de 200 milhões de pessoas desempregadas em todo o mundo ? fruto, em grande parte, da crise que teve início em 2008
336
Serão necessários 600 milhões de novos postos de trabalho na próxima década para absorver a mão de obra e garantir um crescimento sustentável, alerta o relatório "Tendências Mundiais de Emprego 2012: prevenir uma crise mais profunda de empregos”, divulgado nesta segunda-feira (23) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), agência ligada às Nações Unidas (ONU).
De acordo com a entidade, existem atualmente cerca de 200 milhões de pessoas desempregadas em todo o mundo – fruto, em grande parte, da crise que teve início em 2008 e fato agravado pela perspectiva de maior deterioração da atividade econômica.
Além disso, seria necessário gerar outros 400 milhões de novos empregos na próxima década para absorver o crescimento anual da força de trabalho, estimado em 40 milhões de pessoas por ano.
A estes números, destaca a OIT, soma-se o desafio de criar empregos decentes para outros 900 milhões de trabalhadores que vivem com suas famílias abaixo da linha de pobreza, com renda diária estimada em US$ 2, a maioria nos países em desenvolvimento.
Entre este 900 milhões de trabalhadores, estima-se que havia 456 milhões deles em situação de extrema pobreza em 2011, com ganhos inferiores a US$ 1,25 por dia – redução de 233 milhões de trabalhadores desde 2000 e de 38 milhões em relação a 2007.
O relatório indica que, em termos globais, houve uma redução da fatia de trabalhadores em situação de pobreza extrema, porém ainda é alto o percentual de empregados em situação de pobreza.
"Apesar dos esforços extenuantes dos governos, a crise do emprego não diminui e um de cada três trabalhadores em todo o mundo – ou cerca de 1 bilhão de pessoas – está desempregado ou vive na pobreza", disse, em nota, o diretor-geral da OIT, Juan Somavia.
A entidade acrescenta ainda que há quase 29 milhões de pessoas a menos na força de trabalho atualmente do que seria esperado com base em tendências pré-crise. Se todos esses potenciais trabalhadores fossem computados como desempregados, o desemprego global subiria dos atuais 197 milhões para cerca de 225 milhões, e a taxa de desemprego saltaria de 6% para 6,9%, destaca o relatório.